sábado, julho 27

Mercado financeiro reduz estimativa de inflação para 5,06% em 2023 e vê alta maior do PIB

 Projeções indicam queda na inflação e crescimento do Produto Interno Bruto, mas meta ainda não é alcançada e taxa de juros se mantém.

Imagem: Banco Central
O mercado financeiro reduziu a estimativa de inflação para este ano, passando de 5,12% para 5,06%, de acordo com o relatório “Focus” divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (26). Essa queda na projeção ocorre mesmo com a alta do Produto Interno Bruto (PIB) prevista pelos especialistas. O levantamento consultou mais de 100 instituições financeiras na semana passada.

A redução na estimativa de inflação se deu após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, que registrou um aumento de 0,23%. Nos últimos doze meses até maio, a inflação oficial totalizou 3,94%, ficando abaixo das expectativas do mercado financeiro.

No entanto, mesmo com a redução da estimativa de inflação para 2023, ela ainda está acima do teto da meta estabelecida pelo governo, que é de 3,25% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta será considerada cumprida se a inflação oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Caso essa projeção do mercado se confirme, será o terceiro ano consecutivo de estouro da meta de inflação, com o IPCA ficando acima do limite definido pelo governo. Em 2022, a inflação atingiu 5,79%.

O aumento da inflação impacta negativamente o poder de compra das pessoas, especialmente aquelas com salários mais baixos, uma vez que os preços dos produtos aumentam sem um aumento correspondente nos salários.

Para 2024, a projeção do mercado financeiro para a inflação caiu de 4% para 3,98%. A meta de inflação do próximo ano, estabelecida pelo CMN, é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Em relação ao crescimento do PIB, a projeção do mercado financeiro aumentou de 2,14% para 2,18% para este ano. O PIB é utilizado para medir a evolução da economia, representando a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Essa revisão positiva ocorreu após a divulgação do resultado do PIB do primeiro trimestre, que registrou uma expansão de 1,9% em comparação com o último trimestre de 2022, superando as expectativas dos economistas.

Para 2024, a previsão de crescimento do mercado financeiro subiu de 1,20% para 1,22%.

Quanto à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado manteve a expectativa estável em 12,25% ao ano para o fim de 2023. Atualmente, a taxa está em 13,75% ao ano. Para o fim de 2024, a projeção do mercado para a taxa básica de juros permanece em 9,5% ao ano, indicando uma queda do juro também no próximo ano.

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