sábado, agosto 16

Hugo Motta aciona Corregedoria contra 15 deputados

Ações contra parlamentares envolvem PL, Novo e PT, após tumulto na Câmara. Deputados citados respondem por motim e agressão durante sessão legislativa.

Confusão no plenário leva a pedidos de afastamento de deputados.
Confusão no plenário leva a pedidos de afastamento de deputados. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu, nesta sexta-feira (8), encaminhar à Corregedoria da Casa os pedidos de afastamento, por até seis meses, de 15 parlamentares — 14 da oposição e uma deputada do PT. As medidas serão analisadas antes de seguir para votação no Conselho de Ética.

Entre os citados estão nomes do Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, do partido Novo e a deputada Camila Jara (PT-MS). Os parlamentares da oposição são acusados de participar da ocupação da Mesa Diretora da Câmara, dificultando a retomada dos trabalhos legislativos. Já a deputada petista é acusada de empurrar o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante uma discussão.

Lista dos parlamentares citados

  • Marcos Pollon (PL-MS)
  • Zé Trovão (PL-SC)
  • Júlia Zanatta (PL-SC)
  • Marcel van Hattem (Novo-RS)
  • Paulo Bilynskyj (PL-SP)
  • Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
  • Nikolas Ferreira (PL-MG)
  • Tenente-Coronel Zucco (PL-RS)
  • Allan Garcês (PL-TO)
  • Caroline de Toni (PL-SC)
  • Marco Feliciano (PL-SP)
  • Bia Kicis (PL-DF)
  • Domingos Sávio (PL-MG)
  • Carlos Jordy (PL-RJ)
  • Camila Jara (PT-MS)

Decisão da Mesa Diretora

Segundo nota oficial da Secretaria-Geral da Mesa, a reunião realizada nesta sexta-feira discutiu as condutas praticadas nos dias 5 e 6 de agosto. A decisão foi pelo “imediato encaminhamento de todas as denúncias à Corregedoria Parlamentar para a devida análise”.

Após a análise das imagens e depoimentos, os processos retornam à Mesa Diretora e, em seguida, ao Conselho de Ética para decisão final.

Acusações apresentadas

  • Marcos Pollon (PL-MS): acusado de impedir a retomada dos trabalhos e de xingar Hugo Motta; o deputado nega má conduta, alegando que estava pedindo conselhos a um colega.
  • Zé Trovão (PL-SC): segundo partidos da base governista, tentou impedir fisicamente o retorno de Motta à presidência da Mesa.
  • Júlia Zanatta (PL-SC): acusada de usar a filha de quatro meses como “escudo” em meio ao tumulto.
  • Paulo Bilynskyj (PL-SP): acusado de ocupar a Mesa Diretora e impedir a atuação da Comissão de Direitos Humanos, além de agredir o jornalista Guga Noblat.
  • Marcel van Hattem (Novo-RS): acusado de “sequestrar” a cadeira da presidência; afirma que uma suspensão seria “golpe”.
  • Camila Jara (PT-MS): acusada de empurrar Nikolas Ferreira durante a retomada do controle do plenário; sua assessoria nega agressão e fala em “empurra-empurra”.

Defesas e contrapontos

Alguns parlamentares se manifestaram nas redes sociais, negando as acusações e classificando as medidas como perseguição política. Zé Trovão declarou, em plenário, que não incentivou a violência. Júlia Zanatta afirmou que parlamentares de esquerda “odeiam as mulheres e a maternidade”.

A assessoria de Camila Jara sustenta que Nikolas Ferreira teria se desequilibrado após ser afastado em meio à confusão.

A Corregedoria da Câmara vai analisar as imagens e ouvir os envolvidos. Com base no relatório, a Mesa Diretora decidirá se encaminha os casos ao Conselho de Ética, que pode aplicar punições como advertência, suspensão temporária ou até cassação do mandato.

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