Silvinei foi detido preventivamente pela Operação Constituição Cidadã
Foto: Walter Campanato/Agência Brasil |
Na manhã desta quarta-feira (09), o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso preventivamente em decorrência de uma operação que investiga sua suposta interferência no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. A prisão foi realizada em Florianópolis, com mandados autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Em 30 de outubro de 2022, data do segundo turno das eleições, a PRF conduziu operações de blitze que supostamente impactaram a movimentação de eleitores, especialmente na região Nordeste, onde o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apresentava vantagem nas pesquisas de intenção de voto em relação ao candidato Jair Bolsonaro (PL).
Na época, Silvinei Vasques declarou publicamente seu voto em Jair Bolsonaro um dia antes do segundo turno. Por conta disso, Vasques é atualmente réu por improbidade administrativa em relação aos acontecimentos daquela data.
Durante seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no dia 20 de junho, Silvinei Vasques negou veementemente que a PRF tenha atuado no segundo turno das eleições com o intuito de dificultar o acesso de eleitores de Lula aos locais de votação. Entretanto, essa negação não impediu sua prisão preventiva.
“De acordo com as investigações, integrantes da Polícia Rodoviária Federal teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30/10/2022. Os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do país”, afirmou a PF.
Além da detenção de Vasques, as autoridades vão colher o depoimentos de 47 policiais rodoviários federais envolvidos nas operações durante o segundo turno eleitoral. Paralelamente, a Polícia Federal (PF) está cumprindo 10 mandados de busca e apreensão em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. Esses mandados foram expedidos pelo STF como parte das investigações em curso.
O ex-diretor ainda é acusado de prevaricação (que é quando um servidor público deixa de exercer o seu dever), violência política e atrapalhar a votação.
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