Governo de Pernambuco e Polícia Federal instalam FICCO em Petrolina para combater o crime organizado e fortalecer a segurança no Sertão do São Francisco.

O Governo de Pernambuco e a Polícia Federal (PF) formalizaram nesta quinta-feira (4) a instalação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) em Petrolina, no Sertão do São Francisco. O ato oficial ocorreu com a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica, no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, e contou com a presença da vice-governadora Priscila Krause.
A governadora Raquel Lyra destacou a importância da medida para a segurança do Estado. “Com a instalação da FICCO na cidade de Petrolina, oficializamos mais uma parceria com a Polícia Federal de Pernambuco para reforçar a segurança em nosso Estado. Juntos, governo e PF vão seguir combatendo o crime organizado, movimento que já se mostra muito eficaz por aqui”, afirmou.
O objetivo central da FICCO é fortalecer o combate à criminalidade violenta no Sertão. Especialmente nas regiões de divisa com os estados da Bahia, Piauí, Ceará e Paraíba. A força integrada possibilita a ampliação das investigações, a otimização de recursos. E o fortalecimento da cooperação entre diferentes forças policiais, garantindo uma atuação mais estratégica e coordenada.
Estrutura e atuação da FICCO
Segundo Antônio de Pádua, superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, a FICCO é um projeto do governo federal que atua em parceria com os estados. “Aqui em Pernambuco, temos uma estrutura montada que visa investigar, prender e desmantelar quadrilhas envolvidas em crime organizado, com o objetivo de reduzir a criminalidade”, explicou.
A nova unidade em Petrolina reúne as polícias Federal, Civil, Militar, Penal e Rodoviária Federal. A integração já demonstrou resultados expressivos em outras regiões do estado. Com a desarticulação de organizações criminosas, prisões de integrantes de quadrilhas e apreensão de bens ilícitos. Essas ações têm impacto direto na redução dos índices de violência letal e contribuem para o fortalecimento da sensação de segurança na população.
Para o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, a FICCO permitirá ações mais efetivas e investigações de qualidade. “Na estrutura da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado, o trabalho é feito de forma conjunta, trazendo maior efetividade na repressão ao crime organizado, com resultados positivos para Petrolina e toda a região do Sertão”, destacou.
O secretário de Administração Penitenciária do Estado, Paulo Paes, reforçou o caráter estratégico da instalação da FICCO em Petrolina. Considerando sua proximidade com a Bahia, onde o crime organizado tem atuação relevante. “Essa novidade permitirá que os policiais trabalhem em união e com mais integração, ampliando a capacidade de investigação e repressão a quadrilhas interestaduais”, pontuou.
Resultados esperados e desafios
Especialistas em segurança pública apontam que a integração das forças policiais é um dos fatores mais eficazes no combate ao crime organizado. Segundo levantamento do Instituto de Segurança Pública, ações coordenadas tendem a reduzir significativamente crimes complexos, como tráfico de drogas e roubo a cargas.
A FICCO em Petrolina deverá focar não apenas na repressão, mas também na prevenção. A atuação conjunta das polícias permite a troca de informações em tempo real, mapeamento de áreas críticas e planejamento de operações coordenadas.
Entre os desafios estão a manutenção da integração entre os órgãos e a necessidade de investimentos contínuos em tecnologia, inteligência policial e treinamento. Segundo especialistas, a efetividade da força integrada depende da comunicação constante entre as instituições e da capacidade de agir de forma rápida diante de informações estratégicas.
Parcerias e cooperação estadual e federal
O modelo da FICCO já funciona em outros estados brasileiros e demonstra que parcerias entre governos estaduais e a Polícia Federal podem produzir resultados concretos. A integração das forças permite concentrar recursos, agilizar processos e ampliar o alcance das operações, o que é essencial em regiões de fronteira ou divisa, como o Sertão de Pernambuco.
Além disso, a cooperação estadual-federal garante que ações não se limitem a um único município, mas abranjam áreas estratégicas com presença de organizações criminosas interestaduais. Isso contribui para reduzir a fragmentação das ações e fortalece a segurança regional.
Durante a cerimônia, também participaram a secretária-executiva de Defesa Social do Estado, Mariana Cavalcanti; o comandante-geral da PMPE, coronel Ivanildo Torres; o delegado-geral da PCPE, Renato Rocha; e o delegado Márcio Tenório, da Polícia Federal.
Impacto na população e na região
A instalação da FICCO em Petrolina representa um avanço na segurança pública do Sertão do São Francisco, beneficiando tanto os moradores quanto o comércio local. A presença de uma força integrada de combate ao crime organizado aumenta a sensação de segurança e contribui para a estabilidade social e econômica da região.
Além da repressão a crimes graves, a FICCO também tem potencial para reduzir a violência cotidiana, como assaltos e homicídios, através do trabalho de inteligência e operações preventivas. A expectativa é que a atuação coordenada sirva de modelo para outras cidades estratégicas do estado.
A formalização da FICCO em Petrolina é considerada um passo estratégico no combate ao crime organizado em Pernambuco. Com a integração das forças policiais e a cooperação entre os governos estadual e federal, a medida promete maior eficiência nas investigações, redução da criminalidade e fortalecimento da segurança na região.
A experiência de Pernambuco demonstra que a atuação conjunta, baseada em planejamento, troca de informações e operações coordenadas. Pode gerar resultados significativos na proteção da população e no enfrentamento de organizações criminosas complexas.
CEO do Portal Fala News, Jornalista pela UNIFG, licenciado em Letras PT/ES pela FAESC, formado em psicanálise pela ABEPE, pós-graduado em linguística aplicada as línguas portuguesa e espanhola pela FAESC, e MBA em Marketing Digital e Mídias Sociais pela UniNassau. Analista de política e economia, colunista sobre psicanálise, amante dos livros e dedicado a levar informação com transparência e credibilidade.