segunda-feira, setembro 8

João Campos cai 20 pontos na pesquisa Simplex

João Campos cai para 43,6%, e Raquel Lyra cresce para 31,1%, mostrando mudança no cenário eleitoral de 2026.

Governadora Raquel Lyra em encontro com o prefeito do Recife João Campos. Foto - Hesíodo Góes
Governadora Raquel Lyra em encontro com o prefeito do Recife João Campos. Foto – Hesíodo Góes

Uma nova pesquisa do Instituto Simplex, divulgada em 6 de setembro, redesenhou o cenário político em Pernambuco. O levantamento mostra que o prefeito do Recife, João Campos (PSB), que vinha liderando com folga a disputa pelo Governo do Estado em 2026, registra uma queda significativa nas intenções de voto. Em contrapartida, a governadora Raquel Lyra (PSD) cresce de forma constante e reduz a diferença entre os dois.

Queda de João Campos e ascensão de Raquel Lyra

No cenário estimulado, João aparece com 43,6% das intenções de voto, um índice bem distante dos números que ostentava no início do ano. Já Raquel alcança 31,1%, diminuindo a distância para apenas 13 pontos percentuais.

Outros nomes também aparecem na pesquisa:

  • Eduardo Moura (Novo) – 6,2%
  • Ivan Moraes (PSOL) – 2,3%
  • Brancos e nulos – 8,5%
  • Não souberam responder – 8,3%

Nos votos válidos, o impacto da queda de Campos é ainda mais evidente. Ele aparece com 52,4%, enquanto Raquel soma 37,4%. Moura tem 7,5% e Ivan chega a 2,8%.

Comparativo com pesquisas anteriores

A trajetória de João Campos mostra um movimento de queda contínua. Em fevereiro, ele tinha 54%; em junho, caiu para 53,8%. Agora, despenca para 43,6%, acumulando uma perda de mais de 10 pontos em dois meses e quase 20 pontos no total.

Raquel, por outro lado, segue uma curva ascendente. No início do ano, somava 19,3%; agora, alcança 31,1%, consolidando uma tendência de crescimento gradual.

Esse contraste reforça a percepção de que a eleição, antes considerada de vitória em primeiro turno para Campos, pode se transformar em um duelo mais acirrado.

Análise política: fatores que influenciam o cenário

Especialistas em política avaliam que a queda de João Campos pode estar relacionada a uma combinação de fatores:

  • Desgaste da imagem após meses de exposição pública como pré-candidato.
  • Críticas à gestão do Recife, especialmente em áreas como mobilidade urbana e saúde.
  • Maior visibilidade da governadora Raquel Lyra, que tem intensificado agendas e inaugurado obras pelo interior.
  • Movimentação de partidos de oposição, que começam a estruturar alianças para 2026.

Segundo os cientistas políticos, a disputa tende a ganhar novos contornos à medida que Raquel consolida sua posição como principal adversária de João.

Repercussão no meio político

Aliados de João Campos reconhecem, em caráter reservado, que o momento é de atenção. Para eles, embora o prefeito ainda lidere, a queda no apoio popular precisa ser revertida com ações concretas de gestão e estratégias de campanha.

Do outro lado, apoiadores de Raquel Lyra comemoram os números. Eles destacam que a governadora conseguiu crescer mesmo enfrentando desafios econômicos e críticas à condução do governo.

Eduardo Moura e Ivan Moraes, embora com percentuais menores, avaliam que podem se beneficiar da polarização entre os dois principais nomes. Moura aposta no discurso liberal, enquanto Ivan busca reforçar pautas sociais e ambientais.

Cenário eleitoral de 2026 em Pernambuco

Com a pesquisa Simplex, o quadro eleitoral de 2026 em Pernambuco ganha nova dinâmica. Se a tendência de queda de João Campos se mantiver, e Raquel Lyra continuar em ascensão, é possível que a disputa se encaminhe para um segundo turno, algo que parecia improvável no início do ano.

Além disso, o comportamento dos eleitores indecisos (8,3%) e daqueles que optam por brancos e nulos (8,5%) pode se tornar decisivo no desenrolar da campanha.

A pesquisa Simplex mostra que a eleição para o Governo de Pernambuco em 2026 está longe de ser definida. João Campos ainda lidera, mas sua queda acentuada indica desgaste e perda de apoio. Raquel Lyra, por sua vez, demonstra resiliência e crescimento consistente, reduzindo a diferença e mantendo viva a possibilidade de um cenário competitivo.

Com pouco mais de um ano para as eleições, os próximos meses serão decisivos para que candidatos consolidem estratégias, alianças e discursos capazes de conquistar a confiança do eleitorado pernambucano.

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