Vereadores de Escada rejeitam contas de 2020 do ex-prefeito Lucrécio Gomes. TCE recomendou aprovação com ressalvas das contas de Mary Gouveia.

Na sessão plenária desta terça-feira (27), a Câmara Municipal de Escada, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, deliberou sobre os pareceres do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) referentes às prestações de contas de dois gestores do Executivo municipal: o ex-prefeito Lucrécio Gomes (União Brasil) e a atual prefeita Mary Gouveia (PL). A votação resultou na rejeição das contas do ano de 2020 do ex-prefeito e na aprovação com ressalvas das contas dos anos de 2021 e 2022 da atual gestora.
TCE recomendou rejeição das contas de 2020
O parecer técnico do TCE-PE apontou irregularidades na prestação de contas do último ano da gestão de Lucrécio Gomes. Entre os critérios considerados pelo tribunal estão a aplicação de recursos em educação, saúde, cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e o equilíbrio das contas públicas.
O presidente da Câmara, vereador Zé Amaro (PRD), afirmou que a maioria dos parlamentares seguiu o parecer do TCE. Votaram pela rejeição:
- Josias (PL)
- Tarlina (PSDB)
- Henrrique Meketrefe (PRD)
- Márcio da Água (PSDB)
- Zé Amaro (PRD)
Votaram contra a rejeição:
- Dêda Móveis (PMB)
- Pedro Jorge (Avante)
- Elias Ribeiro (PSB)
O vereador Paulinho (Avante) se absteve da votação.
Contas de Mary Gouveia foram aprovadas com ressalvas
O TCE recomendou a aprovação com ressalvas das contas da prefeita Mary Gouveia relativas aos exercícios de 2021 e 2022. Segundo o órgão, apesar do cumprimento das metas fiscais, alguns pontos precisam de esclarecimentos ou ajustes em futuras gestões.
A aprovação com ressalvas foi acompanhada por:
- Josias (PL)
- Tarlina (PSDB)
- Henrrique Meketrefe (PRD)
- Márcio da Água (PSDB)
- Zé Amaro (PRD)
- Dêda Móveis (PMB)
Abstiveram-se:
- Pedro Jorge (Avante)
- Elias Ribeiro (PSB)
- Paulinho (Avante)
Entenda as consequências da votação
A Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/2010) determina que, ao rejeitar contas por irregularidades insanáveis, um colegiado ou o Judiciário pode tornar o ex-gestor inelegível por até oito anos. Já ao aprovar com ressalvas, os órgãos de controle indicam que o gestor cumpriu os requisitos legais, mas deixou pendências que ele deve corrigir em futuras prestações de contas.
Divergência de votos reflete o cenário político local
A votação evidenciou as divisões internas da Câmara e as distintas posições dos vereadores diante das gestões analisadas. O caso de Lucrécio Gomes, ex-prefeito e adversário político da atual gestora, ganhou relevância justamente por envolver uma possível inelegibilidade futura, cenário que pode influenciar o quadro eleitoral de 2026.
Já no caso de Mary Gouveia, mesmo com ressalvas, a aprovação contribui para a consolidação de sua administração frente aos órgãos de controle.
Os relatórios técnicos do TCE-PE estão disponíveis para consulta no site oficial do Tribunal de Contas de Pernambuco. A legislação sobre a inelegibilidade pode ser consultada na íntegra no Portal da Legislação.
CEO do Portal Fala News, Jornalista pela UNIFG, licenciado em Letras PT/ES pela FAESC, formado em psicanálise pela ABEPE, pós-graduado em linguística aplicada as línguas portuguesa e espanhola pela FAESC, e MBA em Marketing Digital e Mídias Sociais pela UniNassau. Analista de política e economia, colunista sobre psicanálise, amante dos livros e dedicado a levar informação com transparência e credibilidade.