sexta-feira, novembro 22

Bolsa Família alcança maior valor histórico com pagamento extra

 Nova versão do programa beneficia famílias com média de R$ 705,40 por mês

Foto: Divulgação

O programa Bolsa Família, do governo federal, iniciou os pagamentos de junho com um adicional de R$ 50 destinado a gestantes e famílias com crianças e adolescentes de 7 a 18 anos. Esse valor se soma aos R$ 150 já concedidos por criança de zero a 6 anos em famílias chefiadas por mulheres. Com isso, o tíquete médio recebido por cada família alcança o maior valor registrado na história do programa de transferência de renda: R$ 705,40, conforme informado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

A Região Norte é responsável pelo maior benefício médio em todo o país, com R$ 740,37 destinados a cada família integrada ao programa. Em seguida, estão o Centro-Oeste, com R$ 721,16, o Sul, com R$ 711,28, o Sudeste, com R$ 700,26, e o Nordeste, com R$ 696,76.

De acordo com informações do MDS, o Bolsa Família contempla atualmente cerca de 21,2 milhões de famílias. O orçamento deste mês é de R$ 14,97 bilhões, estabelecendo um novo recorde de pagamento mensal aos beneficiários do programa.

“Esses acréscimos garantem que 9,8 milhões de famílias recebam mais recursos neste mês do que nos meses anteriores. Até então, o maior benefício médio registrado era o do mês passado, quando os lares brasileiros receberam, em média, R$ 672,45. Com esse dinheiro, as famílias mais pobres conseguem adquirir alimentos, atender outras necessidades e impulsionar a economia, principalmente nas regiões mais carentes, gerando impacto na economia local”, destacou a pasta em nota.

Os pilares do programa social retornaram ao seu modelo original estabelecido durante o primeiro governo de Lula, nos anos 2000. Entre eles, destaca-se a retomada das contrapartidas por parte das famílias beneficiárias, com ênfase na frequência escolar das crianças e na atualização da caderneta de vacinação. Durante a gestão anterior, o programa foi substituído pelo Auxílio Brasil, que não exigia essas contrapartidas.

A nova versão do Bolsa Família concentra seus esforços na atualização do Cadastro Único e na integração com o Sistema Único de Assistência Social (Suas). Com uma ampla atuação, o programa busca incluir aqueles que estão fora do sistema e realizar uma revisão de benefícios com indícios de irregularidades. Segundo o ministro da Assistência e do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, haverá integração com outros 32 programas governamentais voltados para a melhoria da qualidade de vida da população.

Esses avanços foram possíveis graças à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição no final de 2022. A medida garantiu ao novo governo um orçamento adicional de R$ 145 bilhões além do teto de gastos, dos quais R$ 70 bilhões serão destinados ao custeio do benefício social.
Essa garantia financeira permitirá a continuidade e o fortalecimento do Bolsa Família, oferecendo maior suporte às famílias em situação de vulnerabilidade econômica e contribuindo para a redução da desigualdade social no país.

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