sábado, julho 27

Profissionais de enfermagem realizam greve por piso salarial e protestam no Recife

Paralisação busca valorização e repasses financeiros adequados para a categoria

Foto: Divulgação

Auxiliares, Técnicos de Enfermagem e enfermeiros interditaram parte da Avenida Agamenon Magalhães, em frente ao Hospital da Restauração, no Recife, nesta quinta-feira (29/06), marcando o início de uma greve por tempo indeterminado. A mobilização é em defesa do piso salarial aprovado pela Lei 14.434/2022.A greve faz parte de uma mobilização nacional e tem como objetivo protestar contra a possível alteração da Lei do Piso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pressionar o governo federal a agilizar os repasses financeiros para o pagamento do piso.

Para essa sexta-feira (30/06), está programada uma caminhada que partirá da Praça do Derby, no Recife, às 8h. Os trabalhadores percorrerão a Avenida Agamenon Magalhães e a Avenida Conde da Boa Vista até o Palácio do Campo das Princesas.

Francis Herbert, presidente do Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), afirmou que houve uma grande adesão dos profissionais da Atenção Básica e dos hospitais. Ele ressaltou que as organizações sindicais estão unificadas para garantir uma participação histórica dos profissionais no movimento grevista.

Após enfrentarem a pandemia da Covid-19, na qual muitos colegas perderam suas vidas no combate ao vírus, os profissionais de enfermagem são reconhecidos como verdadeiros heróis e heroínas pela sociedade. No entanto, apesar da aprovação da lei do piso salarial, juízes do STF, empregadores do setor privado, prefeitos e governadores tentam impedir a tão esperada valorização por meio de salários dignos. Os profissionais permanecerão firmes na luta até que a lei seja efetivamente aplicada.

Durante a paralisação das atividades, a orientação é que o efetivo nos postos de saúde, ambulatórios e policlínicas que não funcionam 24 horas fique parado integralmente. Nos setores de média e alta complexidade, como hospitais, clínicas, CAPS e policlínicas que funcionam 24 horas, além de serviços de urgência e emergência, SAMU, UTI, bloco cirúrgico e CME, o atendimento deve ser mantido com 50% do efetivo.

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