Setor de habitação e energia elétrica influenciam aumento; Alimentação registra queda, mas frutas apresentam alta
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial do país, mostrou um aumento de 0,28% em agosto, após a deflação de -0,07% em julho, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (25). A taxa de inflação revelada superou a estimativa dos analistas do mercado financeiro, que previam uma inflação de 0,17% para o mês.
Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 alcançou 4,24%, em comparação com os 3,19% observados nos 12 meses até junho. Para esse período, a previsão dos analistas estava em 4,13%. No acumulado do ano, o indicador apresenta um aumento de 3,38%.
O setor de habitação, especialmente devido à alta da energia elétrica, exerceu o maior impacto sobre o resultado do mês, de acordo com o IBGE. Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram aumento em agosto. Em habitação (1,08%), a maior contribuição veio do aumento da energia elétrica residencial (4,59% e 0,18 ponto percentual), influenciado pelo término da inclusão do bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior.
Reajustes também foram aplicados em três áreas abrangidas pelo índice: em Curitiba (9,68%), com um reajuste de 10,66% válido a partir de 24 de junho; em Porto Alegre (5,44%), com um reajuste de 2,92% a partir de 19 de junho, em uma das concessionárias pesquisadas; e em São Paulo (4,21%), onde um reajuste de -1,13% foi implementado a partir de 4 de julho, em uma das concessionárias pesquisadas.
A alta em Saúde e Cuidados Pessoais (0,81%) foi atribuída a itens de higiene pessoal, que aumentaram de -0,71% em julho para 1,59% em agosto. Os preços dos produtos para a pele (8,57%) e perfumes (2,94%) subiram, após quedas de 4,32% e 1,90% em julho, respectivamente.
Na categoria Educação (0,71%), os cursos regulares tiveram um aumento de 0,74%, principalmente devido aos subitens creche (1,91%) e ensino superior (1,12%). A alta dos cursos diversos (0,06%) foi influenciada pelos cursos preparatórios (1,22%) e cursos de idiomas (0,14%).
Também apresentaram variação positiva no mês os grupos Despesas Pessoais (0,60%), Transportes (0,23%), Comunicação (0,04%) e Artigos de Residência (0,01%). A queda no grupo Alimentação e Bebidas (-0,65%) foi motivada, principalmente, pela deflação na alimentação no domicílio (-0,99%), que já havia registrado declínio nos dois meses anteriores. Notáveis quedas incluem batata-inglesa (-12,68%), tomate (-5,60%), frango em pedaços (-3,66%), leite longa vida (-2,40%) e carnes (-1,44%). Em contrapartida, as frutas (1,42%) apresentaram alta de preço.
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