sábado, julho 27

PF desvenda suposto plano de golpe por Bolsonaro

A PF investiga organização criminosa acusada de planejar golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder, resultando em prisões e buscas em diversos estados do país.

Ex-presidente Jair Bolsonaro é alvo de operação da PF. Foto - Alejandro Pagni
Ex-presidente Jair Bolsonaro é alvo de operação da PF. Foto – Alejandro Pagni

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira a Operação Tempus Veritatis, com o objetivo de apurar uma organização criminosa envolvida na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de Direito. A operação teve como base informações obtidas a partir da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

🚨 As investigações apontam que a organização buscava vantagens políticas ao manter o então presidente no poder, mesmo após ser derrotado por Lula nas eleições. Mensagens de áudio enviadas por Cid ao general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, foram utilizadas como prova para fundamentar a operação.

De acordo com o ministro Moraes, as mensagens indicam que Bolsonaro estava elaborando um decreto e buscando respaldo militar para um possível golpe. As análises sugerem que, em novembro de 2022, o presidente abandonou a ideia de aceitar a derrota nas urnas, optando por explorar a possibilidade de uma reviravolta, conforme defendido por alguns setores militares, empresários e integrantes do governo.

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📜 A PF destaca uma nota assinada pelos comandantes das Forças Armadas em novembro, afirmando que estavam “vigilantes, atentas e focadas em seu papel constitucional”, como um elemento importante para intensificar manifestações antidemocráticas.

Após essa nota, as mensagens revelam tratativas para reuniões com integrantes civis do governo e das Forças Armadas, visando planejar e executar ações para direcionar e financiar manifestações que pregavam um golpe militar.

Nesta quinta, a PF cumpriu mandados de busca e prisão contra ex-ministros de Bolsonaro e militares envolvidos na suposta tentativa de golpe. Entre os presos, destacam-se Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, e Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais, ambos citados nas mensagens analisadas.

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🔍 Além das prisões, a PF executou medidas diversas, incluindo a proibição de contato com outros investigados, a proibição de saída do país, a entrega de passaportes em 24 horas e a suspensão do exercício de funções públicas.

A operação, denominada Tempus Veritatis, investiga uma organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado, com ações que buscavam a abolição do Estado Democrático de Direito para obter vantagens políticas. As buscas e prisões ocorreram em diversos estados, segundo a PF, que aponta para a divisão do grupo em núcleos de atuação visando disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022.

🕵️‍♂️ O primeiro passo do grupo, segundo a PF, foi construir e disseminar a narrativa de fraude nas eleições de 2022, por meio de informações falsas sobre vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação. Em seguida, foram realizados atos concretos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, utilizando militares com conhecimentos e táticas de forças especiais em um ambiente politicamente sensível.

A PF cumpriu mandados nos estados de Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. As investigações apontam para a dinâmica de milícia digital na disseminação das ações do grupo, que buscava legitimar uma intervenção militar. O desdobramento desta operação promete revelar mais detalhes sobre as ações da organização criminosa e seu suposto envolvimento em uma tentativa de golpe no país.

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