sexta-feira, dezembro 13

Delação de Mauro Cid levou PF a raiz do golpismo

A Polícia Federal revela detalhes da operação que envolve políticos, militares e agitadores digitais em trama para manter Bolsonaro no poder, com destaque para delação do coronel Mauro Cid.

Mauro Cid ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Delação de Mauro Cid ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi a linha que levou a PF ao coração do golpismo. Foto: Alan dos Santos

No centro do poder, articulava-se uma trama engenhosa. 🕵️ Uma equipe heterogênea, composta por políticos, militares, operadores e agitadores digitais, conspirava nos bastidores dos palácios, ministérios e quartéis. A Polícia Federal, em uma operação nesta quinta-feira (8), desvelou os protagonistas dessa conspiração, liderada de maneira pouco discreta por Jair Bolsonaro. Os alvos da operação são figuras-chave dessa trama, e a revelação dos detalhes do envolvimento de cada personagem dependeu da delação do coronel Mauro Cid, auxiliar inseparável de Bolsonaro. A ação da PF visa desmantelar a cúpula da organização que buscava interferir no processo democrático brasileiro.🚨

🗣️ Mauro Cid, ajudante de ordens da Presidência, desempenhou papel crucial ao fornecer depoimentos que destacaram o papel de dois nomes proeminentes na operação: o ex-assessor Filipe Martins e o almirante Almir Garnier dos Santos. Cid revelou episódios que deram corpo ao complô, refutando a narrativa de que a tentativa de golpe era fantasiosa.

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📜 Segundo o coronel, após a derrota na reeleição, Martins levou ao presidente a minuta de um decreto para manter Bolsonaro no poder, convocar novas eleições e prender adversários. A atuação de Bolsonaro como líder da conspiração é evidente no relato de Cid, que afirmou que o presidente apresentou o plano aos chefes das Forças Armadas. Garnier, comandante da Marinha, teria sido o único a apoiar a investida golpista.

Além dos personagens delatados por Cid, a ação da PF também alcançou figuras que agiram publicamente por esse objetivo. Entre elas, o general Walter Braga Netto, responsável por instrumentalizar o Ministério da Defesa para minar a credibilidade das urnas eletrônicas, e Valdemar Costa Neto, que utilizou o PL como veículo para contestar a votação.

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🔍 A operação desvela o alto escalão de uma máquina que utilizava recursos políticos e militares para interferir no processo democrático. A complexidade da trama e a diversidade dos personagens envolvidos mostram a amplitude das articulações para manter Bolsonaro no poder. A sociedade aguarda, atenta, desdobramentos que podem impactar o futuro político do país.

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