sábado, setembro 7

Lula minimiza tensões na articulação política com Congresso

Presidente Lula afirma que divergências com o Congresso são normais e não vê problemas na relação. Após encontro com Arthur Lira, descarta reforma ministerial.

Presidente Lula com o deputado e presidente da Câmara Arthur Lira. Foto - Ricardo Sturket
Presidente Lula com o deputado e presidente da Câmara Arthur Lira. Foto – Ricardo Sturket

Em um café da manhã com jornalistas realizado nesta terça-feira (23) no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva procurou transmitir uma mensagem de estabilidade e controle nas relações entre o Executivo e o Congresso Nacional. Diante de uma audiência atenta, Lula enfatizou que as supostas tensões são, na verdade, apenas as “coisas normais da política”. 🍵

“Eu não acho que a gente tenha problemas no Congresso, a gente tem as situações que são as coisas normais da política”, declarou o presidente, insistindo na ideia de que os desafios encontrados são inerentes ao processo democrático e são administráveis. Essa postura surge em um contexto onde a dinâmica entre o Palácio e o Congresso tem sido marcada por alguns atritos, especialmente notórios na recente desavença pública entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e Alexandre Padilha, ministro encarregado da articulação política.

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Lula relembrou o sucesso na aprovação de projetos significativos recentemente, como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição e a reforma tributária, ressaltando a capacidade de superação das divergências. 📜

Ainda em suas declarações, Lula defendeu a integridade de seu time, mencionando uma defesa enfática de Padilha após os insultos proferidos por Lira. Sem entrar em detalhes sobre a conversa reservada que teve com Lira no último fim de semana, o presidente rejeitou a possibilidade de uma reforma ministerial, simplificando a situação ao dizer: “Não tem nenhuma divergência que não possa ser superada.”

O presidente também projetou os próximos passos para a regulamentação da reforma tributária, uma questão complexa que ele e sua equipe econômica fecharam em proposta final na segunda-feira (22). Lula expressou sua preferência por manter os relatores que já trabalharam na PEC da reforma tributária, citando Eduardo Braga no Senado e Aguinaldo Ribeiro na Câmara, apesar de ressaltar que a escolha final cabe aos presidentes das respectivas casas. 🏛️

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“Longe de mim querer indicar um relator para cuidar da política tributária, é o papel do presidente da Câmara, papel dos deputados”, afirmou Lula, destacando a importância da experiência e do conhecimento prévio dos relatores para facilitar o processo legislativo.

Enquanto os desafios persistem, Lula parece confiante na capacidade de sua equipe de navegar as águas muitas vezes turbulentas da política brasileira, mantendo um tom de otimismo cauteloso. Seu discurso foi uma tentativa clara de tranquilizar tanto os aliados políticos quanto o público em geral sobre a estabilidade e a funcionalidade das relações entre os poderes executivo e legislativo, numa época em que a política brasileira enfrenta testes significativos em sua governança.

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