quinta-feira, novembro 21

Data de atentado a Lula, Alckmin e Moraes era 15/12/22

PF identifica organização criminosa que planejou as mortes de Lula e Alckmin; atos de 2022 são investigados.

Militares foram presos por plenejar atentado contra Lula, Alckmin e Moraes.
Militares foram presos por plenejar atentado contra Lula, Alckmin e Moraes. Fotos: Divulgação

A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Contragolpe para investigar um plano que visava assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice Geraldo Alckmin em 15 de dezembro de 2022. A investigação também busca conexões entre esse plano e os atentados ocorridos em Brasília nos dias 12 e 24 de dezembro daquele ano.

Planejamento detalhado e uso de armas letais

A PF identificou que o grupo investigado planejou detalhadamente o ataque. Eles incluíram no plano o uso de armas de alta letalidade, explosivos e até métodos de envenenamento. Os investigadores apontaram que o grupo escolheu a data para coincidir com a presença de Lula em São Paulo e Alckmin em Brasília, ambos envolvidos em eventos oficiais.

Lula participou da Expocatadores, que reuniu cerca de mil catadores de materiais recicláveis e representantes internacionais. Enquanto isso, Alckmin se encontrou com governadores no B Hotel, em Brasília, durante o evento “Pacto pela Aprendizagem”, organizado em parceria com a Unesco.

Plano para matar Lula, Alckmin e Moraes tinha data fixa. Foto: Reuters

Conexões com os atentados de dezembro de 2022

Os atentados de 12 e 24 de dezembro de 2022 são peças centrais na investigação. Em 12 de dezembro, locais estratégicos de Brasília foram alvos de ataques, organizados por um grupo que acampava em frente ao Quartel-General do Exército, pedindo intervenção militar.

Pouco tempo depois, em 24 de dezembro, integrantes do grupo instalaram uma bomba em um caminhão de combustível perto do aeroporto de Brasília. A PF investiga se essas pessoas têm ligação direta com o plano contra Lula e Alckmin.

Eventos em São Paulo e Brasília no dia 15 de dezembro

Na data em questão, Lula estava no Armazém do Campo, em São Paulo, onde participava da 9ª Expocatadores. Nesse evento, representantes do cooperativismo solidário e delegações de países como Chile e Colômbia estiveram presentes. Por outro lado, Alckmin estava no B Hotel, em Brasília, onde dialogava com governadores e líderes educacionais.

Além disso, a escolha de locais com grande concentração de pessoas e segurança destacou a complexidade do plano investigado. Nesse contexto, especialistas em segurança consultados pela PF enfatizaram que eventos desse porte exigiriam um esquema operacional altamente sofisticado para qualquer ação criminosa.

Ações da Operação Contragolpe

A Operação Contragolpe, por sua vez, avança na coleta de provas e depoimentos relacionados ao caso. Nesse sentido, os investigadores buscam identificar conexões entre os suspeitos e verificar se grupos organizados com interesses políticos forneceram os recursos necessários para executar o plano.

Além disso, a PF não divulgou detalhes sobre possíveis prisões, mas ressaltou que novos desdobramentos podem ocorrer. Por fim, a investigação se concentra em mapear toda a rede envolvida, com o objetivo de impedir que planos semelhantes sejam executados no futuro.

Investigação destaca ameaça à democracia

Os eventos de dezembro de 2022, portanto, expõem a gravidade das ações dirigidas contra a democracia. Além disso, a tentativa de impedir o retorno de Lula à Presidência por meio de ataques violentos gerou alerta em órgãos de segurança. Nesse contexto, a PF reafirma que o fortalecimento da investigação é crucial para preservar a estabilidade institucional no Brasil.

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