sexta-feira, julho 11

Dani Portela é cobrada por apoio a Ivan Moraes no PSOL

Tiago Paraíba do PSOL cobra publicamente deputada por não declarar apoio a Ivan Moraes como pré-candidato ao governo de PE.

Em meio a rumores de ida ao PT, Dani Portela é cobrada por clareza sobre apoio à chapa majoritária do PSOL.
Em meio a rumores de ida ao PT, Dani Portela é cobrada por clareza sobre apoio à chapa majoritária do PSOL. Foto: Jarbas Araújo

Passados 45 dias desde o anúncio de Ivan Moraes como pré-candidato ao governo de Pernambuco em 2026, o PSOL-PE vive um debate público sobre o rumo da sigla. Tiago Paraíba, dirigente e ex-presidente estadual do partido, fez críticas diretas à deputada Dani Portela, cobrando clareza sobre seu apoio à candidatura.

Tiago Paraíba questiona postura de Dani Portela

Em tom crítico, Tiago Paraíba afirmou que, mesmo após o lançamento de Ivan Moraes como nome do PSOL ao governo, a deputada estadual Dani Portela ainda não declarou posição sobre o projeto:

“Faço a pergunta de forma fraternalmente curiosa. Afinal, Dani ainda é deputada pelo PSOL, embora boa parte da sua equipe esteja no PT. Estando você no PSOL e só o PSOL, apresentou uma terceira via à esquerda de Raquel e João. Por que passados 45 dias não sabemos ainda seu posicionamento sobre a candidatura de Ivan Moraes?”, provocou o dirigente.

Segundo Paraíba, o PSOL tenta se apresentar como alternativa para quem está “cansado desse revezamento entre os sobrenomes das oligarquias locais”, citando Campos e Lyra. A crítica foi direcionada à necessidade de o partido manter coerência e unidade em torno de uma proposta clara para 2026.

Contexto político: especulações sobre saída para o PT

A cobrança pública acontece em meio a rumores persistentes de que Dani Portela estaria de saída para o PT. Em 2024, quando foi candidata à Prefeitura do Recife pelo PSOL, Dani fez críticas duras ao prefeito João Campos (PSB). Mas uma eventual ida ao PT poderia aproximá-la de Campos, já que PT e PSB indicam tendência de aliança para a disputa ao governo de Pernambuco em 2026.

Esses bastidores aumentam as dúvidas sobre o grau de comprometimento da deputada com o projeto próprio do PSOL no estado. Paraíba cita ainda o histórico de Dani como opositora tanto de Raquel Lyra (PSD), atual governadora, quanto de João Campos, sugerindo que seria incoerente apoiar um campo político com o qual manteve confronto direto.

PSOL definiu nomes para governo e Senado

Enquanto isso, o PSOL formalizou a pré-candidatura de Ivan Moraes ao governo e da vereadora do Recife Jô Cavalcanti ao Senado. A ideia é oferecer uma terceira via à esquerda, sem se submeter às alianças tradicionais.

A direção estadual do PSOL, no entanto, não emitiu nota oficial respondendo às críticas de Paraíba, nem Dani Portela anunciou publicamente sua posição sobre a chapa majoritária.

Divergências internas e desafios do PSOL

O caso expõe tensões sobre:

  • O desejo de lançar candidatura pura como alternativa popular;
  • A possibilidade de alianças para enfrentar Raquel Lyra e João Campos;
  • A coerência política de quadros históricos do partido.

Analistas avaliam que o PSOL precisará resolver essas disputas internas para apresentar ao eleitorado um projeto sólido. Um ponto central do debate é se o partido conseguirá manter unidade com figuras como Dani Portela ou se enfrentará fragmentação.

Contraponto: Dani Portela mantém atuação no PSOL

Até o momento, Dani Portela:

  • Permanece formalmente filiada ao PSOL;
  • Segue como deputada estadual de oposição à governadora Raquel Lyra;
  • Não declarou publicamente intenção de mudar de partido ou apoiar candidaturas de PT ou PSB.

Aliados próximos argumentam que a deputada ainda não decidiu se disputará a reeleição, migrará para o PT ou se engajará na campanha de Ivan Moraes, e que há tempo para esse debate interno amadurecer.

A crítica pública de Tiago Paraíba escancara o desafio do PSOL-PE de manter unidade e coerência em torno de um projeto eleitoral que se quer independente dos grupos tradicionais. A postura de Dani Portela será decisiva para consolidar ou enfraquecer a proposta de terceira via de esquerda em Pernambuco.

O PSOL promete intensificar as discussões internas para definir estratégias nos próximos meses, tendo em vista o calendário eleitoral de 2026.

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