sábado, julho 27

Presidente Lula avalia rompimento com Maduro diante de ameaça à Guiana

Lula manifesta decepção e preocupação com possível invasão guianense, buscando apoio diplomático para solução pacífica, mas não descarta resposta dura.

Presidente do Brasil Lula pode romper com Nicolás Maduro. Foto: Ricardo Stuckert
Presidente do Brasil Lula pode romper com Nicolás Maduro. Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), revelou a aliados, conforme apurado pela imprensa, uma crescente decepção em relação a Nicolás Maduro, líder da Venezuela. A questão central que abala a relação bilateral é a possível invasão da região guianense de Essequibo, equivalente a 70% do território.

🇻🇪🇧🇷 Lula, em conversas reservadas, relembra com saudosismo a amizade que mantinha com Hugo Chávez, ex-presidente venezuelano falecido em 2013. O atual presidente brasileiro lamenta a falta de sintonia com Maduro e expressa preocupação pela possível deterioração das relações.

Fontes próximas indicam que Lula, diferentemente da postura cautelosa do Itamaraty, não descarta a possibilidade de uma escalada bélica na região. O presidente brasileiro lamenta o suposto comprometimento do esforço diplomático do Brasil para normalizar as eleições na Venezuela em 2024, visando tirar o país do isolamento internacional.

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Se Maduro seguir com seus planos militares na Guiana, o Brasil promete uma resposta firme. Entretanto, o país ainda mantém esperança na via da negociação. O chanceler Mauro Vieira, em conversas recentes com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, e Yvan Gil, busca apoio internacional.

🇲🇽 O Brasil obteve o apoio do México. A secretaria de relações exteriores mexicana, Alicia Barcena, afirmou que o país se “soma” à iniciativa de Lula para que a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) “fomente o diálogo” entre Brasil e Venezuela, visando uma solução pacífica.

Os recados diplomáticos brasileiros, porém, são predominantemente de repreensão à Venezuela. O recente comunicado do Mercosul criticou “atitudes unilaterais” tomadas pela Venezuela, segundo a perspectiva brasileira. O trecho que “estimula o diálogo” não visa criticar a Guiana, esclarecem diplomatas, que destacam o apelo guianense ao apoio internacional, mesmo com a preocupação brasileira com a presença militar dos Estados Unidos na região.

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Em meio a esse cenário tenso, a diplomacia brasileira busca equilíbrio entre a defesa dos interesses nacionais e a promoção de uma solução pacífica. A incerteza paira sobre a possibilidade de ruptura com Maduro, mas o governo brasileiro reforça o compromisso com a estabilidade regional e a diplomacia como meio de resolução de conflitos.

A situação na região guianense permanece delicada, e a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, ansiosa por sinais de distensão e cooperação entre os países envolvidos.

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