domingo, dezembro 1

Pesquisa aponta João Campos com 76,2% e Raquel com 15,8%

João Campos supera Raquel em todas as regiões; Pesquisa aponta diferença de 60,4 pontos

Governadora Raquel Lyra em encontro com o prefeito do Recife João Campos. Foto - Hesíodo Góes
Governadora Raquel Lyra em encontro com o prefeito do Recife João Campos. Foto – Hesíodo Góes

O Instituto Opinião, de Campina Grande (PB), em parceria com o blog de Magno Martins, divulgou a primeira pesquisa de intenção de voto para governador de Pernambuco em 2026. O levantamento destaca, portanto, o prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), como o grande favorito. Com ampla vantagem, João teria 76,2% dos votos se a eleição fosse hoje. Em contrapartida, a governadora Raquel Lyra (PSDB) alcança 15,8%, resultando, assim, em uma diferença de 60,4 pontos percentuais. Brancos e nulos somam 3,9%, enquanto os indecisos chegam a 4,1%.

No cenário espontâneo, onde o eleitor menciona seu candidato preferido sem ver uma lista de nomes, João Campos também aparece na frente, com 42,7%. Raquel Lyra, por sua vez, registra 9,5% das intenções de voto. Neste cenário, o percentual de indecisos sobe para 41,4%, e brancos e nulos somam 2,4%. Esses dados, portanto, refletem uma vantagem consistente para o prefeito, especialmente entre os eleitores já decididos.

Alto índice de rejeição

A pesquisa revela um dado relevante sobre a rejeição dos candidatos. Raquel Lyra aparece com 60,8% de rejeição entre os entrevistados, que afirmaram que não votariam nela em hipótese alguma. Em contraste, João Campos registra apenas 10,6% de rejeição, o que indica um apoio mais sólido. Quanto ao voto consolidado, 67,1% dos eleitores de João afirmam que não mudarão seu voto, enquanto entre os eleitores de Raquel esse índice é de 11,7%.

Amostra e metodologia

Realizada entre os dias 5 e 8 deste mês, a pesquisa contou com 2.000 entrevistas em 80 municípios de Pernambuco. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,5%. A técnica utilizada foi o Survey, com aplicação de questionários estruturados e padronizados. As entrevistas ocorreram pessoalmente, nas residências dos entrevistados, o que busca garantir uma maior representatividade.

Preferência por faixa etária e gênero

Ao detalhar os dados, João Campos apresenta uma maior taxa de intenção de voto entre eleitores de 35 a 44 anos (78,6%) e entre aqueles com renda familiar de até dois salários mínimos (78,1%). Eleitores com escolaridade até o ensino fundamental incompleto também manifestam apoio elevado a João, alcançando 77,5%. Quanto ao gênero, as mulheres constituem 79,4% de seus apoiadores, enquanto os homens somam 72,7%.

Raquel Lyra, por outro lado, tem melhor desempenho entre eleitores com renda superior a dez salários mínimos, registrando 22% de apoio. O grupo com ensino superior representa 19,9% de suas intenções de voto, e os jovens entre 16 e 24 anos somam 17,8%. No recorte por gênero, 19,1% de seus eleitores são homens e 12,9% são mulheres, uma proporção inferior à do adversário.

João Campos se destaca em todas as regiões

Ao analisar o apoio regional, João Campos mantém vantagem significativa em todas as áreas do Estado. Na Região Metropolitana do Recife, ele atinge 81% das intenções de voto, enquanto Raquel fica com 11%. Na Zona da Mata, a preferência por João é de 77,2%, contra 12,4% de Raquel. No Agreste, o socialista obtém 72%, com a governadora somando 21,8%.

Nos sertões do Moxotó, Pajeú, Araripe e Sertão Central, João Campos aparece com 70,3% das intenções de voto, enquanto Raquel registra 21,7%. No Sertão do São Francisco, João lidera com 69,9% contra 21,1% de Raquel Lyra. Esses números indicam uma liderança sólida e abrangente do prefeito do Recife, que se consolida como o principal nome na disputa ao Governo de Pernambuco em 2026.

Essa pesquisa inaugura o cenário eleitoral para o próximo pleito estadual, evidenciando uma disputa acirrada e um favoritismo inicial para João Campos. Entretanto, a eleição está marcada apenas para 2026, o que ainda reserva tempo para reviravoltas e possíveis mudanças nas preferências do eleitorado pernambucano.

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