quinta-feira, janeiro 16

Mortes decorrente de enfarte em mulheres jovens cresce 62% no Brasil

 Dificuldades no diagnóstico e no tratamento dificultam ainda mais os cuidados 

Foto: Reprodução/Freepik
No Brasil, número de mulheres na faixa etária entre 15 e 49 anos que morrem por infarto cresceu 62% de 1990 para 2019. Dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) ainda apontam que entre as mulheres de 50 a 69 anos o número teve um aumento alarmante de 176%, praticamente três vezes mais. 

O público feminino historicamente é menos afetado por enfarte do que os homens, porém o crescimento atual se assemelha ao masculino. A principal causa está relacionada com mudanças no estilo de vida, que ocasionam estresse, sedentarismo e outros fatores agravantes. 

Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!

Para Gláucia Maria Moraes de Oliveira, do Departamento de Cardiologia da Mulher da SBC, alertou para os problemas em diagnosticar ataques cardíacos em mulheres, que dificultam o diagnóstico. “Os cardiologistas sabem dessa diferença, mas os médicos que estão nas emergências geralmente não. Por isso, queremos conscientizá-los, além das próprias mulheres, sobre o diagnóstico”. 

Gláucia foi coordenadora de um documento que indica a necessidade de protocolos médicos específicos para prevenção, diagnóstico e tratamento de enfarte nas mulheres. Para Dennys Martins, cardiologista da Clínica da Cidade, para o diagnóstico de infarto devem ser feitos exames mais completos que o de sangue e o eletrocardiograma, como o ecocardiograma.  

Outra questão considerada é a forma de tratamento, pois menos de 50% das mulheres são submetidas a procedimento medicamentoso adequado. Segundo estuda da Academia Americana de Cardiologia, mulheres são mais propensas a necessitar de outra internação um ano após o acontecimento, além de sofrerem com mais complicações e risco de vida nesse período.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *