sábado, julho 27

Ministro da Educação busca fortalecer permanência de jovens no ensino médio

Camilo Santana destaca desafios e medidas prioritárias durante 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

Ministro Da Educação Camilo Santana
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta quinta-feira (27) que o governo federal está empenhado em implementar ações para fortalecer a permanência dos jovens no ensino médio. No entanto, ele destacou que um planejamento mais sólido é necessário para garantir recursos no orçamento destinados a essa iniciativa. Durante sua participação na 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Curitiba, Santana abordou a importância de apoio financeiro aos estudantes que, muitas vezes, abandonam a escola para trabalhar.
Segundo dados de pesquisas apresentados pelo ministro, apenas 64% dos jovens que ingressam no ensino fundamental conseguem concluir o ensino médio no Brasil. Esse número preocupa o governo, que busca maneiras de reverter esse cenário e garantir que nenhum jovem seja excluído da educação.
Protesto durante a reunião Durante a participação do ministro na reunião da SBPC, um grupo de pessoas protestou exigindo a revogação do Novo Ensino Médio. Camilo Santana ressaltou que o governo federal está conduzindo uma consulta pública sobre o tema, na qual mais de 150 mil alunos já se manifestaram. Ele também defendeu a necessidade de responsabilidade compartilhada para a construção de políticas educacionais sólidas, afirmando que decisões precipitadas e sensacionalistas não contribuem para a melhoria do sistema educacional.
Pontos prioritários da Política Nacional de Educação Na reunião, o ministro apresentou um balanço das políticas de educação no país, destacando três pontos fundamentais que devem ser fortalecidos na Política Nacional de Educação. São eles:

Melhoria da alfabetização

 Com base nos dados da pesquisa “Alfabetiza Brasil,” que utiliza informações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), constatou-se que 56,4% das crianças não estão alfabetizadas ao final do 2º ano do ensino fundamental. Essa situação compromete gravemente a formação educacional dessas crianças. O Ministério da Educação (MEC) tem trabalhado para reverter esse quadro com o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, uma nova política de alfabetização que recebeu a adesão de 100% dos estados e 91% dos municípios.

Expansão do ensino de tempo integral

O governo federal retomou a política nacional de educação em tempo integral, aprovada pelo Congresso Nacional e prestes a ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nova lei possibilitará o apoio técnico e financeiro do MEC aos municípios e estados que ampliarem as vagas de tempo integral nas escolas. O objetivo é cumprir o que prevê o Plano Nacional da Educação, alcançando, até 2024, 25% das matrículas no ensino básico em tempo integral, com 50% das escolas oferecendo essa modalidade. Atualmente, apenas 25% das matrículas são em tempo integral, e 22,4% das escolas disponibilizam essa forma de ensino.

Conectividade nas escolas

 O ministro ressaltou que o governo federal tem como meta garantir que todas as escolas públicas do país tenham acesso à banda larga com objetivos pedagógicos e educacionais, além de equipamentos adequados. Essa conexão será viabilizada por meio dos leilões do 5G. Atualmente, 40,1 mil escolas não possuem acesso adequado à banda larga fixa, e 4,1 milhões de alunos não têm acesso adequado à internet.
O discurso do ministro na SBPC reflete o comprometimento do governo em enfrentar os desafios educacionais, buscando criar medidas concretas para fortalecer a permanência dos jovens no ensino médio e promover uma educação de qualidade para todos os brasileiros. A busca por melhorias na alfabetização, expansão do ensino integral e conectividade nas escolas são passos importantes nesse caminho. O futuro da educação no Brasil dependerá do trabalho árduo e planejado, com a participação de todos os setores envolvidos na construção de uma educação mais inclusiva e eficiente.

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