Processo de criação do Elo Mulheres da REDE em Pernambuco é questionado por falta de aviso prévio, violando resoluções internas e limitando participação.
Membros influentes da Rede Sustentabilidade em Pernambuco expressaram forte oposição ao método empregado para estabelecer o Elo Mulheres no estado. A crítica centraliza-se na maneira apressada e pouco transparente com que o anúncio da reunião foi feito, alegadamente comprometendo o processo democrático interno do partido.
A controvérsia surgiu após a formalização do Elo Mulheres ter sido anunciada com apenas um dia de antecedência, uma prática que contradiz a Resolução n° 02 de 2021. O artigo em questão estipula que qualquer constituição de novo Elo Setorial ou Temático deve ser “divulgada amplamente, com, no mínimo, 15 dias de antecedência”. Além disso, a realização da reunião deve ser coordenada com a Coordenação de Ativismo e Movimentos Sociais, ou, na ausência desta, com a Coordenação de Organização.
Este anúncio tardio não permitiu que a maioria das mulheres interessadas participasse. Informações divulgadas em um vídeo nas redes sociais do partido revelaram que, dos 75 municípios inscritos, apenas 15 conseguiram estar presentes. O encontro não ofereceu alternativas para participação remota, deixando de fora representantes de municípios mais afastados.
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A falta de uma opção híbrida é vista como um sério revés, especialmente considerando o contexto atual de busca por maior representatividade das mulheres nos espaços de poder em Pernambuco. A situação destacou uma barreira interna ao progresso, marcada pela segregação e falta de transparência.
Entre os signatários do documento que levanta essas preocupações estão figuras notáveis como Alice dos Santos Gabino, dirigente da Executiva Estadual e da coordenação de Ativismo e Movimentos Sociais da Executiva Nacional; Ana Carolina Guerra Silva Vilarim e Brígida Andréa, ambas dirigentes do Elo/Diretório Estadual; e Millena Taisa Silva dos Reis, também dirigente do Elo/Diretório Estadual.
Essas lideranças enfatizam que o primeiro coordenador, Ademir Brito, não foi adequadamente informado sobre a reunião, uma falha que reforça a argumentação de que o processo não seguiu as normativas internas. A situação levanta questões importantes sobre como os procedimentos internos são implementados e respeitados dentro do partido, especialmente em questões que afetam a representação e inclusão de grupos minoritários.
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🔍 Em face desses acontecimentos, os membros signatários solicitam uma revisão e possíveis correções dos procedimentos para garantir que todas as futuras formações de elos temáticos dentro do partido sejam inclusivas e transparentes. A situação atual serve como um lembrete crítico da necessidade de aderência rigorosa às regras estabelecidas, não apenas para a eficácia organizacional, mas também para o fortalecimento da democracia interna e da equidade de participação.
Esta manifestação de descontentamento no seio do partido é um exemplo de como as dinâmicas internas podem refletir os desafios mais amplos enfrentados por movimentos políticos que buscam uma reforma significativa e uma representação mais equitativa. A Rede Sustentabilidade, conhecida por sua luta por transparência e inclusão, agora enfrenta o desafio de alinhar suas práticas internas com seus ideais declarados.
Confira a nota na íntegra:
Membros do Elo Estadual e do Elo Nacional que compõem a estadual da Rede Sustentabilidade de PE vêm manifestar seu repúdio à forma antidemocrática adotada na formalização do Elo Mulheres em PE, comunicando oficialmente a reunião com apenas um dia de antecedência.
Tal procedimento descumpre o Artigo 3°, parágrafo 3, da Resolução n° 02 de 2021, que estabelece: A reunião de constituição do novo Elo Setorial ou Temático deverá ser divulgada amplamente, com, no mínimo, 15 dias de antecedência, e realizada em acordo com a respectiva Coordenação de Ativismo e Movimentos Sociais ou, na falta desta, com a Coordenação de Organização. Esclarecemos que o primeiro coordenador, Ademir Brito, não foi comunicado conforme orienta o artigo citado.
Fica evidente que o direito da maioria das mulheres de participarem foi cerceado.Dos 75 municípios inscritos, conforme informações de um vídeo que circula nas redes sociais do partido, apenas 15 municípios estiveram presentes, sem cobertura por internet para permitir a participação de forma híbrida, contemplando assim os municípios mais distantes.
Diante do grande desafio que temos para superar a sub-representatividade das mulheres nos espaços de poder em nosso estado, enfrentamos a primeira barreira interna, quando a participação se mostra segregadora e sem transparência.
Assinam este documento:
Alice dos Santos Gabino, dirigente da Executiva Estadual e coordenação de Ativismo e Movimentos Sociais da Executiva Nacional.
Ana Carolina Guerra Silva Vilarim, dirigente do Elo/Diretório Estadual.
Brígida Andréa, dirigente do Elo/Diretório Estadual e membro do Elo Nacional.
Millena Taisa Silva dos Reis, dirigente do Elo/Diretório Estadual.
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