quarta-feira, janeiro 15

João Paulo nega rumores sobre Secretaria de Educação

Deputado estadual João Paulo (PT) afirma ser a favor de o PT deixar a oposição e integrar a base do governo Raquel Lyra.

João Paulo nega rumores sobre Educação e fala da base do governo
João Paulo nega rumores sobre Educação e fala da base do governo. Foto: Jarbas Araújo

O deputado estadual João Paulo (PT) desmentiu os rumores que o associavam ao comando da Secretaria de Educação do Governo do Estado, após a saída de Alexandre Schneider. Em declarações recentes, ele também abordou a posição do Partido dos Trabalhadores (PT) em relação ao governo estadual, defendendo uma mudança de postura. O petista afirmou ser a favor de que o partido saia da oposição e se integre à base de apoio da governadora Raquel Lyra (PSDB).

Mudança de Posição do PT

“Eu defendo nossa saída da condição de oposição para estar na base da governadora, mas não com um cargo”, afirmou João Paulo. Para ele, a mudança de posição do partido deve ser estratégica, sem a necessidade de ocupar um posto no governo estadual.

Nesse contexto, João Paulo ressaltou a importância da relação entre o governo federal e o governo estadual. Ele destacou os investimentos do governo Lula (PT), além da parceria com Raquel Lyra, como fatores que justificam essa mudança. Segundo o deputado, o reconhecimento da governadora em relação ao governo Lula torna plausível a mudança de postura do PT no estado.

Oportunidade para o PT

João Paulo também argumentou que a parceria entre o governo federal e o estadual poderia ser mais aproveitada, reforçando a necessidade de o PT repensar sua posição de oposição. “Pelo investimento do governo federal, pela aliança, pela parceria que ela está tendo com o governo Lula, como ela reconhece o governo Lula, eu acho que o PT deveria rever essa posição de oposição”, declarou.

O deputado destacou que a mudança de posição política deve ocorrer de forma gradual, sem pressa. Nesse sentido, segundo ele, o primeiro passo seria a transição do PT para a base do governo de Raquel Lyra. “Não há nenhuma circulação (para a Secretaria de Educação). Em primeiro lugar, eu acho que primeiro teria que ser vencida essa questão de oposição”, concluiu João Paulo.

Divergências Dentro do PT

João Paulo defende publicamente a mudança de postura do PT em relação ao governo estadual, mas essa defesa vai contra a posição de alguns setores do partido, especialmente no Recife. O PT na capital, por exemplo, adota uma postura mais próxima do prefeito João Campos (PSB) e de sua gestão. Na atual administração, o PT ocupa três secretarias, com Felipe Cury e Oscar Paes Barreto à frente das pastas de Habitação e Meio Ambiente, respectivamente.

Esses dois secretários estão alinhados com a senadora Teresa Leitão, segundo fontes do PT. O ex-vereador Vinícius Castello, secretário-executivo de Infraestrutura e ex-candidato à prefeitura de Olinda, está vinculado ao grupo político do senador Humberto Costa.

A proposta de João Paulo contrasta diretamente com a realidade do partido em outras esferas políticas. Enquanto no Recife o PT mantém cargos importantes no governo municipal, no nível estadual, a questão de mudar de posição política continua sendo um tema delicado. O apoio à base do governo estadual tenta, assim, fortalecer a relação entre os governos estadual e federal, mas também pode gerar tensões internas dentro do próprio PT.

Por isso, as discussões sobre a mudança de posição do partido e a possibilidade de participação mais efetiva na administração estadual vão continuar. Para João Paulo, o mais importante neste momento é superar a questão da oposição e permitir o diálogo para futuras participações no governo.

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