domingo, setembro 8

Indústria de alimentos lidera empregos no Brasil

O setor de fabricação de alimentos emprega 22,8% dos trabalhadores na indústria brasileira em 2022, revela IBGE.

Indústria de alimentos é a que mais emprega no Brasil, diz IBGE
Indústria de alimentos é a que mais emprega no Brasil, diz IBGE. Foto: Reuters/Ueslei Marcelino

O setor com o maior número de pessoas ocupadas na indústria brasileira é o de fabricação de alimentos. Responsável por 22,8% do total de 8,3 milhões de pessoas empregadas na indústria nacional em 2022. Esses dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Industrial Anual (PIA) Empresa, nesta quinta-feira (27). 📊

A indústria de confecção de artigos do vestuário e acessórios, com 7%, e a de fabricação de produtos de metal. Exceto máquinas e equipamentos, com 5,9%, foram os outros segmentos com maior representatividade na quantidade de pessoas ocupadas. Em 2022, o universo de empresas industriais com uma ou mais pessoas ocupadas totalizou 346,1 mil, abrangendo um total de 8,3 milhões de pessoas. Essas empresas geraram uma receita líquida de vendas de R$ 6,7 trilhões e um valor de transformação industrial de R$ 2,5 trilhões. Dos quais 89,3% foram provenientes das indústrias de transformação.

Estabilidade nas Indústrias de Transformação

A PIA-Empresa registrou 8,3 milhões de pessoas empregadas em 2022, sendo a maior parte empregada nas indústrias de transformação, 97,3% do total. Esse percentual permaneceu estável em relação a 2013, quando 97,5% da mão de obra estava alocada nas indústrias de transformação e 2,5% nas indústrias extrativas. 🏭

Salários em declínio

Em 2022, o salário médio pago na indústria foi de 3,1 salários mínimos (s.m.), tendo se reduzido em 0,3 s.m. em relação a 2013. Esse decréscimo foi reflexo do comportamento dos salários médios tanto nas indústrias extrativas quanto nas indústrias de transformação, que tiveram quedas, respectivamente, de 6,3 s.m. para 5,2 s.m. e de 3,3 s.m. para 3,0 s.m. no mesmo período. 💸

Além disso, o IBGE também divulgou a Pesquisa Industrial Anual – Produto (PIA-Produto). Em 2022, foram pesquisados cerca de 3.400 produtos e serviços industriais em aproximadamente 39,8 mil unidades locais industriais distribuídas por mais de 33,1 mil empresas. No ranking dos dez principais produtos industriais, óleos brutos de petróleo foi o produto com a maior receita líquida de vendas na indústria brasileira, com receita de R$ 274,5 bilhões e participação de 5,3% do total da receita líquida industrial nacional.

Influência dos preços internacionais

O aumento da cotação do barril de petróleo contribuiu para este cenário e fez com que o produto ganhasse uma posição no ranking. Óleo diesel, por ser um derivado de petróleo, também foi influenciado pela elevação no seu preço e ocupou a segunda posição. Com receita líquida de vendas de R$ 200 bilhões e participação de 3,9% no total. Em seguida, minérios de ferro (R$ 159,6 bilhões e 3,1% de participação) recuaram duas posições em função da queda nos preços internacionais provocada pela menor demanda chinesa. Ainda impactada por paralisações nas fábricas devido à covid-19. 📉

Outros produtos notáveis, por exemplo, incluem carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (R$ 114,7 bilhões e 2,2% de participação). Além disso, adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) (R$ 102,8 bilhões e 2%), bem como gasolina automotiva (R$ 90,3 bilhões e 1,7%). Da mesma forma, tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja (R$ 76,1 bilhões e 1,5%), assim como álcool etílico (etanol) não desnaturado para fins carburantes (R$ 67,5 bilhões e 1,3%). Igualmente, óleos combustíveis, exceto diesel (R$ 67 bilhões e 1,3%), e, finalmente, automóveis, com motor a gasolina, álcool ou bicombustível, de cilindrada maior que 1.500 cm³ ou menor ou igual a 3.000 cm³ (R$ 60,6 bilhões e 1,2%).

Concentração de receitas

Os dez produtos com as maiores receitas, em conjunto, concentraram 23,4% do valor das vendas em 2022, participação superior à observada em 2021 (22,9%). Em suma, o setor de fabricação de alimentos destaca-se, primeiramente, não só pela quantidade de pessoas empregadas, mas também pelo impacto econômico significativo que gera na indústria brasileira.

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