Eduardo da Fonte assume presidência da federação União Progressista em Pernambuco. Aliança une PP e União Brasil com foco no fortalecimento político.

A nova federação partidária entre o Partido Progressistas (PP) e o União Brasil em Pernambuco terá o deputado federal Eduardo da Fonte (PP) como presidente. O anúncio foi feito pelo parlamentar por meio de vídeo publicado em suas redes sociais nesta terça-feira (29). A escolha ocorreu em consenso com a família Coelho, que lidera o União Brasil no estado.
“A Federação que nasce essa semana entre União Brasil e Progressistas será um movimento de muita força política, e estarei à frente como presidente em Pernambuco”, afirmou Eduardo da Fonte.
Aliança estratégica, mas com divergências locais
A aliança formalizada em Brasília nesta segunda-feira (28) marca um momento de reconfiguração no cenário político estadual, mas não elimina as divergências existentes entre os partidos. Em Pernambuco, a governadora Raquel Lyra (PSD) conta com o apoio do PP, enquanto o prefeito do Recife, João Campos (PSB), tem o União Brasil como aliado.
Essa distinção evidencia os desafios internos da federação. Apesar da união nacional, os diretórios estaduais têm autonomia, mas a chapa para as eleições de 2026 deve ser única, o que exigirá negociações entre os líderes.
Disputas futuras e foco no crescimento partidário
Tanto Eduardo da Fonte quanto Miguel Coelho, principal nome do União Brasil em Pernambuco, são cotados como possíveis candidatos ao Senado. Contudo, Coelho sinalizou que o momento é de foco na estruturação da nova federação:
“Vamos conversar sobre isso no momento certo, com tranquilidade e maturidade. Agora, vamos intensificar o trabalho para ampliar o partido em Pernambuco”, declarou.
O que é a União Progressista?
Sob o nome de União Progressista, a nova federação será lançada oficialmente nesta terça-feira (29), às 15h, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília. A estrutura nacional será co-presidida pelo senador Ciro Nogueira (PP) e por Antônio Rueda (União Brasil).
Destaques da nova federação:
- 109 deputados federais
- 13 senadores
- 6 governadores
- Mais de 1.000 prefeitos
- Maior volume de repasses do fundo partidário e eleitoral
Com esses números, a União Progressista se torna a maior bancada da Câmara dos Deputados, ampliando seu poder de articulação nas votações e no acesso a recursos públicos.
Contexto político e repercussões
A formação da federação ocorre em meio a articulações nacionais para as eleições de 2026. Embora os partidos estejam em campos políticos distintos em alguns estados, a federação obriga a construção de uma unidade mínima programática e eleitoral. Analistas apontam que a federação pode:
- Reduzir a fragmentação partidária
- Fortalecer o centrão nas negociações legislativas
- Influenciar diretamente na disputa presidencial, estadual e municipal
No entanto, também há críticas quanto à viabilidade prática de manter coesão em estados como Pernambuco, onde os aliados locais possuem interesses políticos distintos e concorrentes.
A presidência de Eduardo da Fonte na União Progressista em Pernambuco representa uma tentativa de unir forças políticas com grande representatividade no Congresso. A federação, embora promissora em termos estruturais e eleitorais, enfrentará desafios na consolidação de uma agenda comum, especialmente em estados onde os partidos atuam em campos opostos. A prioridade, segundo os líderes, será o fortalecimento institucional da aliança, com as disputas de 2026 sendo discutidas “no tempo certo”.
CEO do Portal Fala News, Jornalista pela UNIFG, licenciado em Letras PT/ES pela FAESC, formado em psicanálise pela ABEPE, pós-graduado em linguística aplicada as línguas portuguesa e espanhola pela FAESC, e MBA em Marketing Digital e Mídias Sociais pela UniNassau. Analista de política e economia, colunista sobre psicanálise, amante dos livros e dedicado a levar informação com transparência e credibilidade.