sábado, julho 27

Valdemar da Costa Neto, detido por posse ilegal de arma, passará noite em cela da PF

Polícia Federal alega ligação de Valdemar a suposto golpe de estado; defesa contesta prisão e destaca registro da arma.

Preso, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, é levado para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Foto -Pedro Ladeira-folhapress
Preso, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, é levado para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Foto -Pedro Ladeira-folhapress

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, enfrenta uma noite na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. A detenção ocorreu nesta quinta-feira (8) sob a acusação de posse ilegal de arma de fogo, revelou a PF.🚨

Durante a busca autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a polícia encontrou não apenas a arma, mas também uma pepita de ouro nas dependências de Valdemar. O político, conhecido por sua trajetória no mensalão, enfrenta agora uma nova polêmica.

A PF alega que o presidente do PL participou de uma suposta trama para aplicar um golpe de estado, visando manter Jair Bolsonaro no poder. Essa acusação intensifica o cenário já tenso na política brasileira.

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As buscas realizadas abrangeram o endereço pessoal de Valdemar e a sede do PL, embora não houvesse uma ordem de prisão contra ele. A detenção ocorreu em flagrante devido à posse irregular da arma. O político passará por uma audiência de custódia nesta sexta-feira (9), onde poderá ser liberado.

Em resposta à prisão, o advogado de Valdemar, Marcelo Bessa, emitiu uma nota contestando os fundamentos da detenção. Segundo Bessa, “não houve fato relevante para a prisão”. Ele argumenta que a pepita de ouro apreendida possui baixo valor e não configura delito. Quanto à arma, alega que é registrada e pertence a um parente próximo, tendo sido esquecida na residência do dirigente partidário.

Essa não é a primeira vez que Valdemar da Costa Neto enfrenta o sistema prisional. Em 2013, ele foi preso devido à condenação a sete anos e dois meses no caso do mensalão. Contudo, em 2016, o STF concedeu perdão de sua pena após o cumprimento de um quarto do período de detenção.

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A Superintendência da PF em Brasília já abrigou figuras políticas proeminentes no passado. Em 2004, o então juiz João Carlos Rocha Mattos passou um período no local, envolto em acusações relacionadas a um esquema de venda de sentenças judiciais. Sete anos depois, em 2010, foi a vez do então governador José Roberto Arruda, preso pela primeira vez por envolvimento na Operação Caixa de Pandora, que investigou caixa dois e propina.

O histórico da PF inclui ainda, em 2017, a prisão do ex-governador Arruda por suspeita de participação em superfaturamento nas obras do Estádio Mané Garrincha.

Cinco anos depois, em 2015, o ex-senador Delcídio do Amaral, líder do governo Dilma Rousseff no Senado, passou um período na mesma carceragem. Sua prisão foi determinada pelo STF sob acusação de obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

O caso de Valdemar da Costa Neto adiciona um novo capítulo ao histórico da Superintendência da PF em Brasília, evidenciando mais uma vez o entrelaçamento entre a política e o sistema judiciário no Brasil. 🇧🇷

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