segunda-feira, fevereiro 3

Torcidas de Sport e Santa Cruz causam o caos nas ruas do Recife

Torcedores de Sport e Santa Cruz protagonizam cenas de violência no Recife antes do clássico no Arruda. Confrontos deixaram feridos e geram debate sobre segurança.

Violência entre torcidas assusta Recife antes do clássico
Violência entre torcidas assusta Recife antes do clássico. Foto: Divulgação

As ruas do Recife foram palco de cenas de violência neste sábado (1º), antes do clássico entre Sport e Santa Cruz, válido pelo Campeonato Pernambucano. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram torcedores armados com pedaços de madeira e fogos de artifício, correndo e se agredindo.

Os conflitos ocorreram principalmente no bairro da Torre, onde moradores relataram pânico diante da confusão no meio do trânsito. Carros ficaram presos em congestionamentos, enquanto motoristas tentavam escapar do tumulto.

Segundo informações do Portal GE, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) prestou seis atendimentos até o momento. O Hospital da Restauração confirmou a entrada de 12 feridos, mas não há confirmação de mortes.

Medidas de segurança reforçadas para o clássico

Diante da escalada da violência, a Secretaria de Defesa Social (SDS) anunciou um reforço na segurança para o jogo. A operação contará com um efetivo de 645 policiais, incluindo unidades do Batalhão de Choque, Rádio Patrulha, Rocam e Cavalaria.

A SDS também informou que monitora a situação e está em contato com a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) para evitar novos episódios de violência.

Repercussão e debate sobre segurança nos estádios

O episódio gerou reações no meio político. O deputado estadual Diogo Moraes defendeu publicamente o cancelamento do jogo, citando a necessidade de preservar vidas e criticando a falta de planejamento da segurança pública.

“Os confrontos já tomaram as ruas e estão colocando vidas em risco. O Governo do Estado precisa intervir com urgência para garantir a segurança da população”, afirmou o parlamentar.

A polêmica ocorre poucos dias antes do aniversário de outra tragédia envolvendo torcidas organizadas. Em 22 de fevereiro de 2024, membros de uma organizada do Sport atacaram um ônibus com jogadores do Fortaleza após um jogo da Copa do Nordeste, ferindo seis atletas.

Torcidas organizadas e a violência no futebol

Casos de violência envolvendo torcidas organizadas não são novidade no Brasil. Especialistas apontam alguns fatores que contribuem para os conflitos:

Falta de monitoramento eficiente: a ausência de câmeras e policiamento preventivo dificulta a identificação de envolvidos.
Impunidade: torcedores violentos muitas vezes não são punidos de forma efetiva.
Rivalidade extrema: a cultura do ódio entre torcidas ultrapassa os limites do esporte.

Para tentar conter a violência, medidas como identificação biométrica nos estádios, proibição de torcidas organizadas e maior fiscalização são frequentemente debatidas por autoridades e especialistas em segurança pública.

Os confrontos entre torcedores de Sport e Santa Cruz evidenciam a necessidade de reforço na segurança nos estádios e no entorno das partidas. Enquanto medidas eficazes não forem adotadas, cenas de violência continuarão a se repetir, colocando em risco torcedores, moradores e trabalhadores que circulam pelas ruas do Recife.

A realização do clássico no Arruda segue confirmada, mas a preocupação com novos episódios de violência aumenta. O poder público e as entidades esportivas precisam agir para garantir que o futebol seja, de fato, um espaço de celebração e não de guerra.

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