sábado, julho 27

Redução de efetivo, Brasil conta com 796 mil Profissionais de Segurança, Revela Pesquisa do FBSP

Raio X das Forças de Segurança Pública aponta redução de 6,8% no número de policiais militares em uma década, enquanto mulheres representam apenas 12,8% do efetivo.

Redução de efetivo, Brasil conta com 796 mil Profissionais de Segurança, Revela Pesquisa do FBSP
Redução de efetivo, Brasil conta com 796 mil Profissionais de Segurança, Revela Pesquisa do FBSP. Foto: Divulgação

Um recente levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revelou que o Brasil contava, em 2023, com um contingente de 796 mil profissionais dedicados à segurança pública. Entre esses, 404 mil são policiais militares, enquanto 114 mil desempenham funções como policiais civis e peritos Os dados apontam para uma redução no efetivo em comparação com 2013, sendo a principal queda registrada nos policiais militares, com uma diminuição de 6,8%.

Também houve uma redução de 2% no número de policiais civis e peritos. O “Raio X das Forças de Segurança Pública do Brasil”, divulgado nesta terça-feira (27), destaca as mudanças ao longo da última década.

Giane Silvestre, representante do Fórum, chama atenção para o fato de que, apesar da redução no efetivo, muitos policiais estão dedicados a atividades administrativas, afastando-se das funções de policiamento ostensivo e prevenção. “É preciso repensar essa estrutura burocrática administrativa das instituições, liberando esses policiais que estão nas atividades-meio”, ressalta.

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Ela destaca ainda que diversos policiais militares estão deslocados para outras finalidades, como a segurança de autoridades. Essa prática, segundo Silvestre, agrava o quadro de redução de efetivo nas polícias militares, afetando diretamente o policiamento ostensivo nas ruas.

Sobre a participação feminina, o levantamento revela que apenas 12,8% do efetivo das Polícias Militares estaduais são compostos por mulheres. Esse número é inferior à representação feminina na Câmara dos Deputados (14,8%). Giane Silvestre destaca a falta de diversidade de gênero nas instituições militares e ressalta que isso está relacionado a uma percepção equivocada de segurança pública, que muitas vezes valoriza o enfrentamento e o uso da força.

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“É preciso chamar atenção também para isso, o quanto que a falta de diversidade de gênero está concentrada nas instituições militares. O que está relacionado com uma percepção de segurança pública muito equivocada, que preza por uma ideia de que a segurança pública tem que ser feita pelo enfrentamento, pelo uso da força. E aí são dois equívocos, essa ideia em si e a ideia que as mulheres não têm condições de fazer esse tipo de trabalho”, afirma Silvestre.

O panorama apresentado pelo FBSP suscita a reflexão sobre a necessidade de repensar estratégias de alocação de efetivo e promover a diversidade de gênero nas instituições de segurança pública, visando uma abordagem mais eficaz e inclusiva.

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