Raio X das Forças de Segurança Pública aponta redução de 6,8% no número de policiais militares em uma década, enquanto mulheres representam apenas 12,8% do efetivo.
Um recente levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revelou que o Brasil contava, em 2023, com um contingente de 796 mil profissionais dedicados à segurança pública. Entre esses, 404 mil são policiais militares, enquanto 114 mil desempenham funções como policiais civis e peritos Os dados apontam para uma redução no efetivo em comparação com 2013, sendo a principal queda registrada nos policiais militares, com uma diminuição de 6,8%.
Também houve uma redução de 2% no número de policiais civis e peritos. O “Raio X das Forças de Segurança Pública do Brasil”, divulgado nesta terça-feira (27), destaca as mudanças ao longo da última década.
Giane Silvestre, representante do Fórum, chama atenção para o fato de que, apesar da redução no efetivo, muitos policiais estão dedicados a atividades administrativas, afastando-se das funções de policiamento ostensivo e prevenção. “É preciso repensar essa estrutura burocrática administrativa das instituições, liberando esses policiais que estão nas atividades-meio”, ressalta.
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Ela destaca ainda que diversos policiais militares estão deslocados para outras finalidades, como a segurança de autoridades. Essa prática, segundo Silvestre, agrava o quadro de redução de efetivo nas polícias militares, afetando diretamente o policiamento ostensivo nas ruas.
Sobre a participação feminina, o levantamento revela que apenas 12,8% do efetivo das Polícias Militares estaduais são compostos por mulheres. Esse número é inferior à representação feminina na Câmara dos Deputados (14,8%). Giane Silvestre destaca a falta de diversidade de gênero nas instituições militares e ressalta que isso está relacionado a uma percepção equivocada de segurança pública, que muitas vezes valoriza o enfrentamento e o uso da força.
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“É preciso chamar atenção também para isso, o quanto que a falta de diversidade de gênero está concentrada nas instituições militares. O que está relacionado com uma percepção de segurança pública muito equivocada, que preza por uma ideia de que a segurança pública tem que ser feita pelo enfrentamento, pelo uso da força. E aí são dois equívocos, essa ideia em si e a ideia que as mulheres não têm condições de fazer esse tipo de trabalho”, afirma Silvestre.
O panorama apresentado pelo FBSP suscita a reflexão sobre a necessidade de repensar estratégias de alocação de efetivo e promover a diversidade de gênero nas instituições de segurança pública, visando uma abordagem mais eficaz e inclusiva.
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