Diretório Estadual decide futuro de Yves Ribeiro após críticas e divergências com diretrizes do partido.
A Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores de Pernambuco (PT-PE) anunciou que submeterá ao Diretório Estadual, no próximo sábado (14), a decisão sobre a possível expulsão do prefeito de Paulista, Yves Ribeiro. O partido justificou a medida com base em posicionamentos recentes do gestor, que, segundo lideranças, contrariam diretrizes da legenda e têm causado insatisfação interna.
Divergências políticas motivam debate interno
O PT-PE, por outro lado, alega que Yves Ribeiro tem adotado uma postura contrária tanto às orientações do partido quanto às ações do Governo Federal, comandado pelo presidente Lula. Além disso, de acordo com a Executiva Estadual, o prefeito não reconhece as políticas públicas federais que, segundo o partido, beneficiam diretamente o município de Paulista e outras cidades pernambucanas.
Nesse contexto, em nota oficial, o partido criticou as declarações do gestor. Segundo o documento, ele atribuiu problemas estruturais do município à gestão federal. “Atribuir o sucateamento resultante de sua má gestão municipal ao Governo Federal demonstra irresponsabilidade e descompromisso com a verdade”, pontuou a nota.
Comparações entre gestões geram atritos
Além disso, outro ponto de atrito entre Yves Ribeiro e o PT é sua postura ao comparar o Governo Lula com a gestão anterior. Nesse sentido, o partido afirma que as declarações do prefeito distorcem a atuação histórica da legenda junto à classe trabalhadora.
Por consequência, “a desconexão entre as falas do prefeito e os princípios do partido evidencia uma ruptura com as trincheiras de luta do PT”, destacou a nota. Ademais, as lideranças reforçam que essas comparações desconsideram os esforços do Governo Federal em áreas estratégicas para Pernambuco, como saúde, educação e infraestrutura.
Diretório decidirá o futuro do prefeito no partido
Diante do cenário, o Diretório Estadual do PT-PE decidirá, no próximo sábado, se Yves Ribeiro continuará no partido ou será expulso. Essa etapa é decisiva, já que o colegiado reúne membros que representam as diferentes correntes internas da legenda.
O processo ocorre em um momento de atenção redobrada do PT às suas lideranças municipais, especialmente em um ano pós-eleitoral. As alianças e posicionamentos dos gestores são cruciais para fortalecer o diálogo com a base, garantindo apoio às políticas públicas federais.
Contexto político e possíveis desdobramentos
A possível expulsão de Yves Ribeiro do PT reflete tensões internas e o desafio do partido em alinhar suas lideranças às diretrizes nacionais. Caso o Diretório decida pela saída do prefeito, o episódio pode abrir precedentes para outros casos semelhantes no estado.
Por outro lado, especialistas avaliam que a medida também pode trazer riscos políticos. A expulsão de um gestor em exercício pode gerar desgastes locais, impactando as articulações para futuras eleições.
Independentemente do desfecho, o caso reforça a necessidade de coesão entre os filiados e o partido, especialmente em cenários onde os interesses municipais divergem das políticas nacionais.
CEO do Portal Fala News, Jornalista pela UNIFG, licenciado em Letras PT/ES pela FAESC, formado em psicanálise pela ABEPE, pós-graduado em linguística aplicada as línguas portuguesa e espanhola pela FAESC, e MBA em Marketing Digital e Mídias Sociais pela UniNassau. Analista de política e economia, colunista sobre psicanálise, amante dos livros e dedicado a levar informação com transparência e credibilidade.