quarta-feira, abril 2

Prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, morre aos 77 anos

Fuad Noman, prefeito de Belo Horizonte, morreu aos 77 anos após internação prolongada. Saiba mais sobre sua trajetória política e legado.

Morre Fuad Noman, prefeito de Belo Horizonte, aos 77 anos
Morre Fuad Noman, prefeito de Belo Horizonte, aos 77 anos. Foto: Divulgação

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Jorge Noman Filho, faleceu nesta quarta-feira (26), aos 77 anos. Ele foi internado no Hospital Mater Dei desde o início do ano, após os médicos diagnosticarem insuficiência respiratória aguda. A internação prolongada teve início em 3 de janeiro, e Noman passou por um tratamento intensivo que incluiu ventilação mecânica e reabilitação fisioterapêutica, tendo apresentado melhora em alguns momentos.

A Trajetória de Fuad Noman

Nascido em 30 de junho de 1947, em Belo Horizonte, Fuad Noman teve uma carreira marcada pela atuação no serviço público e no setor privado. Formado em Ciências Econômicas pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (Ceub), ele se especializou em Programação Econômica e Execução Orçamentária. Seu trabalho no Banco Central e no Tesouro Nacional ajudou a consolidar sua reputação no cenário político e econômico.

Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Noman foi secretário executivo da Casa Civil de 1996 a 1997. Nos anos seguintes, assumiu cargos de destaque no setor privado, como presidente da Brasilprev Seguros, do Banco do Brasil, de 1996 a 2002.

Noman na Política Mineira

A política se destacou como outro campo importante na vida de Fuad Noman. Em 2003, ele ingressou no governo de Aécio Neves (PSDB) como Secretário da Fazenda de Minas Gerais e, mais tarde, assumiu a Secretaria de Transportes e Obras do estado. Entre 2011 e 2012, presidiu a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) e também se envolveu em diversas secretarias extraordinárias, incluindo a de Coordenação de Investimentos.

No cenário municipal, Fuad exerceu o cargo de secretário da Fazenda na gestão de Alexandre Kalil (Republicanos) e, nas eleições de 2020, elegeu-se vice-prefeito. Após Kalil renunciar para concorrer ao governo de Minas, Noman assumiu a prefeitura de Belo Horizonte em 2022. Na eleição seguinte, ele foi reeleito no segundo turno, com 53,73% dos votos válidos, derrotando o candidato Bruno Engler (PL).

Escritor e Autor

Além de sua carreira política e econômica, Fuad Noman também se destacou como escritor. Ele publicou três livros ao longo de sua vida: O amargo e o doce (2017), Cobiça (2020) e Marcas do passado (2022). Sua escrita refletia uma visão profunda sobre as emoções e as vivências cotidianas, abordando temas como amarguras e amores das pessoas simples. Em suas palavras, ele buscou equilibrar sua trajetória profissional com uma paixão pela literatura, não deixando que sua experiência no mundo financeiro dominasse sua produção literária.

Saúde e Últimos Anos

Nos últimos anos, Fuad enfrentou sérios desafios de saúde. Em julho de 2024, os médicos diagnosticaram Fuad Noman com um câncer linfático e ele iniciou o tratamento. Em novembro, complicações decorrentes do tratamento o levaram à internação, mas ele continuou a lutar contra a doença. No final de 2024, seu quadro de saúde se agravou e ele precisou ser internado várias vezes.

O último período de internação começou em janeiro de 2025, quando ele foi diagnosticado com insuficiência respiratória aguda, condição que resultou em sua morte nesta quarta-feira. Fuad Noman deixa um legado político importante para Belo Horizonte e para Minas Gerais, além de sua contribuição à literatura.

O falecimento de Fuad Noman representa uma grande perda para a política de Belo Horizonte. Sua trajetória como economista, político e escritor contribuiu significativamente para a administração pública e para a vida cultural de Minas Gerais. A cidade agora se prepara para lidar com o impacto da sua partida, enquanto a população reflete sobre seu legado político e pessoal.

Em sua memória, a administração municipal seguirá em frente, com o vice-prefeito Álvaro Damião assumindo a gestão interinamente.

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