Portaria atualiza os limites de renda do Minha Casa, Minha Vida em 2025. Valores variam de R$ 2.850 a R$ 12 mil em áreas urbanas. Confira os detalhes.

O Ministério das Cidades atualizou os valores limites de renda para famílias que desejam acessar o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O Ministério das Cidades publicou a medida nesta sexta-feira (25) no Diário Oficial da União, por meio da Portaria MCid Nº 399/2025, assinada pelo ministro Jader Filho.
As novas faixas de renda têm como objetivo adequar os critérios do programa à realidade econômica das famílias brasileiras, tanto em áreas urbanas quanto em zonas rurais. As atualizações seguem o compromisso do Governo Federal de ampliar o acesso à moradia digna, de forma gradual e estruturada.
Novos limites para áreas urbanas e rurais
De acordo com a portaria, os valores máximos de renda bruta familiar passaram por ajustes, abrangendo agora desde famílias de baixa renda até a classe média.
Áreas urbanas
O governo passou a classificar as famílias que vivem em áreas urbanas em três faixas distintas:
- Faixa 1: até R$ 2.850 mensais
- Faixa 2: de R$ 2.850,01 a R$ 4.700 mensais
- Faixa 3: de R$ 4.700,01 a R$ 8.600 mensais
Além disso, o governo incluiu uma nova faixa para a classe média, contemplando famílias com renda entre R$ 8.600,01 e R$ 12 mil mensais.
Áreas rurais
Para residentes da zona rural, os limites são expressos em renda bruta anual:
- Faixa 1: até R$ 40 mil
- Faixa 2: de R$ 40.000,01 a R$ 66 mil
- Faixa 3: de R$ 66.600,01 a R$ 120 mil
O teto para acesso ao programa foi ampliado para até R$ 150 mil por ano de renda familiar.
Classe média passa a ser contemplada
A ampliação do programa para a classe média é uma das principais novidades do MCMV em 2025. A proposta, anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aprovada pelo Conselho Curador do FGTS, prevê a aquisição de imóveis de até R$ 500 mil com financiamento de até 420 meses (35 anos) e juros nominais de 10% ao ano, abaixo dos praticados pelo mercado.
Segundo o ministro Jader Filho, a medida responde a um antigo pedido do presidente e busca preencher uma lacuna de financiamento habitacional para a classe média, que historicamente ficou fora dos benefícios diretos do programa.
“Hoje o MCMV atendia famílias com renda de até R$ 8,6 mil. Acima disso, você tinha apenas os financiamentos de mercado. A classe média ficou no meio, sem acesso facilitado. Corrigimos essa distorção”, afirmou o ministro, durante participação no programa Bom Dia, Ministro, na última quarta-feira (23).
Nova diretriz prioriza pessoas em situação de rua
Outra importante mudança é a reserva de 3% das moradias financiadas pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) para pessoas em situação de rua ou com trajetória de rua. Essa nova diretriz beneficiará prioritariamente 38 municípios, incluindo todas as capitais brasileiras e cidades com mais de mil pessoas cadastradas como “sem moradia” no CadÚnico.
Essa iniciativa marca um avanço no caráter social do programa e atende a recomendações de entidades que atuam com a população em situação de vulnerabilidade.
Impactos e perspectivas
Com as mudanças anunciadas, o Minha Casa, Minha Vida busca:
- Aumentar o número de famílias beneficiadas;
- Promover inclusão social e habitacional;
- Estimular o setor da construção civil;
- Corrigir distorções históricas no acesso ao crédito habitacional.
De acordo com dados do Ministério das Cidades, as faixas atualizadas e as novas diretrizes serão implementadas ainda em 2025, com recursos provenientes do FGTS e do Pré-Sal.
A atualização das faixas de renda do Minha Casa, Minha Vida em 2025 representa um passo relevante para tornar o programa mais inclusivo e adaptado à realidade econômica do país. Ao contemplar desde famílias em extrema vulnerabilidade até aquelas de classe média, o governo amplia o alcance da política habitacional, buscando garantir o direito à moradia a um número maior de brasileiros. Para mais informações, acesse o texto completo da Portaria MCid Nº 399/2025.
CEO do Portal Fala News, Jornalista pela UNIFG, licenciado em Letras PT/ES pela FAESC, formado em psicanálise pela ABEPE, pós-graduado em linguística aplicada as línguas portuguesa e espanhola pela FAESC, e MBA em Marketing Digital e Mídias Sociais pela UniNassau. Analista de política e economia, colunista sobre psicanálise, amante dos livros e dedicado a levar informação com transparência e credibilidade.