quinta-feira, novembro 21

Lula defende taxar super-ricos para combater a fome

Lula defende equilíbrio entre desenvolvimento e meio ambiente na OIT e a taxação de super-ricos para combater a fome.

Lula defende taxação dos super-ricos e combate à fome na OIT
Lula defende taxação dos super-ricos e combate à fome na OIT. Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou, nesta quinta-feira (13), durante a 112ª Conferência da OIT em Genebra, a interdependência entre bem-estar da população e preservação ambiental. Em seu discurso de encerramento, Lula reforçou a importância de parcerias entre capital e trabalho para reduzir desigualdades sociais globais.

Lula assumirá a co-presidência da Coalizão Global para a Justiça Social, lançada pelo diretor-geral da OIT, Gilbert Houngbo. O presidente destacou a lentidão no progresso do ODS 8, que visa promover o trabalho decente para todos, devido à persistência da informalidade e precarização.

“Precisamos avançar na implementação da Agenda 2030. A informalidade e a pobreza persistem, afetando bilhões em empregos informais”, afirmou Lula, ressaltando desigualdades de gênero, raça e geografia.

Desafios econômicos globais e o papel do Estado

Para Lula, a recuperação do papel do Estado no planejamento do desenvolvimento é urgente. Ele criticou a “mão invisível” do mercado, que, segundo ele, agrava as desigualdades ao não acompanhar o aumento da produtividade com salários justos.

“Não se pode discutir economia sem discutir emprego e renda. Precisamos de uma nova globalização, mais humana”, afirmou o presidente.

Taxação dos super-ricos e justiça social no G20

Lula defendeu a taxação dos super-ricos como parte da agenda do Brasil no G20, enfatizando a necessidade de uma transição justa e o uso de tecnologias emergentes para melhorar condições laborais.

“A concentração de riqueza é absurda. “Não podemos ter mais bilionários explorando o espaço enquanto bilhões sofrem na Terra”, declarou, fazendo uma referência indireta a Elon Musk.

Transição ecológica e digital para o desenvolvimento sustentável

O presidente destacou a importância da transição ecológica e digital para promover um desenvolvimento sustentável inclusivo.

“As florestas tropicais não devem ser exploradas; em vez disso, devem ser valorizadas para garantir trabalho decente e renda para todos”, pontuou Lula, destacando assim a necessidade de políticas que promovam energias renováveis e ações sustentáveis.

Lançamento da Coalizão Global para a Justiça Social

A coalizão, lançada no ano passado, já conta com mais de 250 membros, incluindo governos, organizações de trabalhadores e empregadores, e instituições multilaterais. Lula defendeu uma maior representação dos países em desenvolvimento em organizações globais de governança.

“A coalizão será central para uma transição justa e igualitária, essencial em um mundo multipolar que demanda mudanças institucionais”, concluiu.

Conferência Internacional do Trabalho: um fórum global para mudanças

A delegação brasileira na 112ª Conferência da OIT inclui membros do Executivo, Legislativo, Judiciário e representantes da sociedade civil e sindicatos. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, juntou-se à delegação no início da semana.

Em suma, o discurso de Lula na OIT reforça um compromisso global com justiça social, desenvolvimento sustentável e igualdade, destacando desafios e chamando à ação para enfrentar os problemas que afetam bilhões de pessoas em todo o mundo.

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