quarta-feira, julho 2

Estado encerra Bicentenário da Confederação do Equador

O Governo de Pernambuco encerra as celebrações dos 200 anos da Confederação do Equador com solenidade, exposição artística e estátua de Frei Caneca.

Estado valoriza cultura e educação com ações sobre a Confederação do Equador e o papel de Frei Caneca
Estado valoriza cultura e educação com ações sobre a Confederação do Equador e o papel de Frei Caneca. Foto: Miva Filho/Secom

O Governo de Pernambuco concluiu nesta quarta-feira (2) as comemorações dos 200 anos da Confederação do Equador com uma solenidade no Palácio do Campo das Princesas, no Recife. O evento marcou o encerramento de uma série de atividades educativas, culturais e cívicas que envolveram escolas públicas, artistas e pesquisadores ao longo de um ano.

Homenagem a Frei Caneca com estátua na Praça da República

Um dos momentos mais simbólicos foi o descerramento da estátua de Frei Caneca, um dos principais líderes da revolução de 1824. A obra é do artista plástico Demétrio Albuquerque e contou com apoio da Fundarpe. A criação do monumento envolveu pesquisa iconográfica, coordenada pela vice-governadora Priscila Krause, presidente da Comissão Estadual do Bicentenário.

“Entregamos a pesquisa a Roberto Ploeg, que pintou o rosto de Frei Caneca. Depois, Demétrio Albuquerque criou o corpo inteiro, para que pudéssemos entender, através do semblante, um pouco da sua luta”, explicou Priscila Krause.

Exposição artística de estudantes no Palácio

A cerimônia teve início com a abertura de uma exposição montada no hall do Palácio do Campo das Princesas. Mais de 30 obras visuais, produzidas por estudantes da Rede Estadual, foram apresentadas ao público. A iniciativa reforçou o caráter pedagógico do projeto.

O secretário estadual de Educação, Gilson Monteiro, destacou o trabalho das escolas:

“Temos a oportunidade de resgatar a força da nossa história dentro da matriz curricular. Tudo isso faz parte dos incentivos que professores e a comunidade escolar deram aos alunos.”

Medalhas e reconhecimento

Durante o evento, a governadora Raquel Lyra entregou medalhas a personalidades que contribuíram para a organização das atividades. Ela também anunciou uma proposta para reforçar o ensino da história de Pernambuco:

“Vamos encaminhar ao Conselho Estadual de Educação um pedido para que o ensino da história de Pernambuco passe a ser disciplina obrigatória na Rede Pública Estadual.”

Envolvimento da rede estadual

O projeto do Bicentenário mobilizou escolas estaduais em oficinas artísticas, projetos de pesquisa e atividades pedagógicas. Jeozadaque Victor, de 15 anos, estudante do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Ministro Jarbas Passarinho, em Camaragibe, destacou o impacto:

“A aprendizagem não vem só através de livros e sala de aula. Por meio da arte, nós conseguimos aprender e conhecer a cultura de Pernambuco.”

Participação de autoridades

A solenidade contou com a presença de diversas autoridades estaduais e representantes de instituições:

  • Secretários estaduais, como Cacau de Paula (Cultura) e Juliana Gouveia (Mulher)
  • Presidentes da Fundarpe e da Cepe
  • Representantes da OAB-PE, UFPE, Unicap e do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP)
  • Parlamentares, como o deputado estadual Antônio Moraes, que ressaltou a importância do resgate histórico

O legado da Confederação do Equador

A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário republicano e federalista ocorrido em 1824, marcante na história pernambucana e brasileira. As atividades do bicentenário visaram resgatar essa memória e estimular a reflexão sobre liberdade, autonomia e identidade cultural.

Segundo o governo estadual, o encerramento das comemorações não significa o fim do trabalho educativo sobre o tema. A proposta de incluir a história de Pernambuco como disciplina obrigatória busca garantir um legado permanente para as novas gerações.

O encerramento das celebrações do Bicentenário da Confederação do Equador reafirmou o compromisso do Governo de Pernambuco com a preservação da memória histórica e a valorização da identidade cultural do estado. Com ações que integraram arte, educação e cidadania, o projeto buscou aproximar as novas gerações de um capítulo marcante da história brasileira.

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