Escada gasta R$ 2,6 mi com São João e é 6ª no ranking de PE

Escada investe R$ 2,6 milhões em atrações juninas de 2025, ficando em 6º lugar no ranking de gastos em Pernambuco, atrás de Caruaru e Goiana.

O ciclo junino de 2025 já movimenta milhões de reais em recursos públicos nas prefeituras pernambucanas. Levantamento oficial do MPPE aponta que, até esta terça-feira (17), 66 municípios já formalizaram contratos com artistas para as festas de São João.

Com um gasto total de R$ 2.617.509,50, a cidade de Escada, na Zona da Mata Sul, ocupa o 6º lugar no ranking de maiores investimentos com contratações artísticas no Estado. Os números foram extraídos do Portal da Transparência e de painéis de acompanhamento público.

Ranking de gastos com São João em Pernambuco (2025)

Até o momento, os maiores gastos foram registrados nos seguintes municípios:

1. Caruaru: R$ 13,84 milhões
2. Petrolina: R$ 5,39 milhões
3. Goiana: R$ 4,74 milhões
4. Surubim: R$ 4,15 milhões
5. Vitória de Santo Antão: R$ 3,19 milhões
6. Escada: R$ 2,62 milhões

Além de Escada, outros municípios como Petrolândia, Ibirimirim, Tracunhaém e Sairé também aparecem no ranking estadual.

Número de atrações contratadas por Escada

Em número de atrações, Escada contratou 29 artistas, ficando atrás de:

• São Caetano: 58 atrações
• Goiana: 46 atrações
• Caruaru: 44 atrações

O município está à frente de cidades como Recife (27 atrações), Flores (24), Gravatá (24) e Vitória de Santo Antão (23).

Quem são os artistas confirmados?

Entre os maiores cachês pagos pela prefeitura de Escada estão:

• Léo Foguete: R$ 350 mil
• Mano Walter: R$ 300 mil
• Alanzin Coreano: R$ 180 mil
• Felipão & Forró Moral: R$ 180 mil
• Thales Play: R$ 150 mil

No total, 29 atrações já foram contratadas com recursos municipais. Apenas uma atração, o grupo Boi Calemba Pernambucano, recebeu verba estadual.

População questiona prioridades

Apesar da movimentação cultural e turística gerada pelos festejos juninos, parte da população tem questionado a prioridade dada aos gastos com eventos festivos. Entre as principais críticas estão:

• Falta de um centro especializado para crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista);
• Demandas não atendidas na saúde pública, como a melhoria da estrutura e dos serviços no Hospital Regional Dr. Benévolo do Amaral e nas unidades de atenção básica;
• Deficiências na educação, principalmente em infraestrutura e oferta de serviços de apoio psicopedagógico.

Durante o segundo mandato da prefeita Mary Gouveia (PL), o município tem enfrentado cobranças por parte de moradores, lideranças comunitárias e representantes da oposição. Os críticos argumentam que, embora as festas sejam importantes para a cultura local, outras áreas essenciais estariam sendo negligenciadas.