quarta-feira, fevereiro 19

Débora Almeida questiona urgência em reuniões convocadas na Alepe

Débora Almeida entra com recurso contra convocação de reuniões, citando usurpação de competência e falta de urgência.

Deputada alega que convocação de reuniões por Rodrigo Farias desrespeita o Regimento Interno da Assembleia Legislativa de Pernambuco.
Deputada alega que convocação de reuniões por Rodrigo Farias desrespeita o Regimento Interno da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Foto: Alepe

A presidente da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputada Débora Almeida, manifestou-se publicamente nesta sexta-feira (14) contra a convocação de reuniões extraordinárias pelo presidente em exercício da Casa, deputado Rodrigo Farias. O objetivo das reuniões, em princípio, era votar os membros que integrarão, no próximo biênio, o colegiado atualmente presidido por ela. Além disso, também estava prevista a votação para as Comissões de Justiça e Administração Pública.

Débora Almeida argumentou que a convocação contraria o Regimento Interno da Alepe. “Nós entramos com um recurso nesta Casa contra a ação do presidente Rodrigo Farias, que declarou que havia urgência para a convocação extraordinária de instalação das comissões. Na nossa visão, não há nenhuma urgência posta”, afirmou a deputada.

Segundo ela, a prerrogativa para convocar reuniões e dirigir os trabalhos caberia aos presidentes dos colegiados, e não ao presidente em exercício da Assembleia. “Ao fazer isso, houve uma usurpação de competência por parte do presidente”, completou.

Desrespeito ao Regimento Interno

A deputada também destacou que o presidente em exercício não respeitou o prazo regulamentar para o recebimento das indicações dos representantes das bancadas para a composição das comissões. “Não se muda a regra do jogo depois do fim da partida”, criticou.

Ela ainda ressaltou a importância de manter a democracia dentro da Alepe, conhecida como a Casa de Joaquim Nabuco. “É inadmissível que um espaço historicamente democrático como este esteja, neste momento, exposto a uma manobra pouco republicana como esta”, declarou.

Reuniões remarcadas e recurso pendente

Nesta sexta-feira, no entanto, os titulares das comissões não compareceram, o que impediu a realização das reuniões devido à falta de quórum. Diante disso, as votações foram remarcadas para o sábado (15).

Por sua vez, o recurso impetrado por Débora Almeida será analisado pelo Plenário da Alepe na segunda-feira (17). A partir dessa decisão, será possível definir os rumos do impasse e, além disso, esclarecer se a convocação de Rodrigo Farias respeitou ou não as normas regimentais da Casa.

Contexto e próximos passos

O conflito entre os deputados reflete divergências sobre a interpretação do Regimento Interno da Alepe e a condução dos processos legislativos. Enquanto Débora Almeida defende a estrita observância das regras, Rodrigo Farias justificou a convocação extraordinária com base em uma suposta urgência.

A situação tem gerado debates sobre a transparência e a democracia dentro da Assembleia, temas sensíveis para a opinião pública. O desfecho do recurso e as votações deste fim de semana poderão trazer clareza ao caso.

A deputada Débora Almeida contestou a convocação de reuniões extraordinárias na Alepe, alegando desrespeito ao Regimento Interno. O impasse envolve a competência para convocar votações e o prazo para indicações de membros das comissões. O recurso será analisado pelo Plenário na segunda-feira (17), enquanto as reuniões foram remarcadas para o sábado (15).

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