sábado, setembro 7

Aumento alarmante: Oito crianças e adolescentes baleados em agosto na Região Metropolitana do Rio de Janeiro

Instituto Fogo Cruzado divulga relatório chocante com dados preocupantes sobre a violência armada na região.

Rio De Janeiro
Foto: PF Divulgação
O Instituto Fogo Cruzado divulgou nesta terça-feira um relatório que revela uma situação alarmante de violência armada na região metropolitana do Rio de Janeiro durante o mês de agosto. Pelo menos oito crianças e adolescentes foram baleados, com seis vítimas fatais e duas feridas, representando um aumento preocupante em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Entre as vítimas, quatro foram atingidas durante ações ou operações policiais, evidenciando os riscos enfrentados por jovens como Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, que foi morto na Cidade de Deus, na zona oeste do Rio. A Corregedoria da Polícia Militar indiciou os policiais envolvidos por suspeita de plantar uma arma no local e por não utilizarem câmeras nas fardas, dificultando a investigação.
Outro caso chocante foi o de Eloáh Passos, de apenas 5 anos, atingida por um tiro no peito durante uma manifestação que teria sido reprimida a tiros por policiais militares na localidade do Dendê, conhecida como Cova da Onça.
Maria Isabel Couto, diretora de Dados e Transparência do Instituto Fogo Cruzado, expressou sua indignação diante dos números: “Oito crianças e adolescentes foram baleados em agosto. Isso é mais de uma vítima por semana. Em nenhum lugar do mundo é normal que tantas crianças e adolescentes sejam mortos nessa frequência.”
O relatório também mostra que, apesar de uma queda de 54% nos tiroteios em comparação com agosto de 2022, a quantidade de mortos aumentou 4% e o número de feridos subiu 2%. A violência armada afetou diversas faixas etárias, incluindo idosos e agentes de segurança.
No acumulado do ano, a região metropolitana do Rio de Janeiro registrou 2.156 tiroteios e disparos de arma de fogo, com 799 ocorrendo durante ações e operações policiais. O número de mortos teve um aumento de 4%, enquanto o número de feridos subiu 2% em comparação com o mesmo período de 2022.

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