Ministério Público de Pernambuco investiga o caso e apura possíveis falhas de controle e responsabilidade
Foto: Divulgação/Funase |
Dois agentes socioeducativos e um coordenador da unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) foram afastados de suas atividades em meio à investigação do assassinato de um adolescente de 14 anos. O fato ocorreu com requintes de crueldade, no dia 10 deste mês, na Casa de Acolhimento Socioeducativo (Case) de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) divulgou a informação e está conduzindo a apuração das circunstâncias do ocorrido.
O jovem foi amarrado com lençóis e sofreu golpes fatais no pescoço, supostamente com uma faca. No mesmo dia, outros seis adolescentes, com idades entre 13 e 16 anos e que cumpriam medidas socioeducativas na unidade, foram identificados como autores do homicídio. Encaminhados ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no Recife, foram autuados em flagrante e entregues ao MPPE.
A unidade em questão, com capacidade para 72 vagas, abrigava somente 36 adolescentes do sexo masculino no dia do incidente, levantando questionamentos sobre a supervisão e o controle dos profissionais em prevenir atos violentos.
O mais recente balanço da Funase, publicado na segunda-feira, indicou a presença de 29 adolescentes na unidade. Em nota, a 39ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania do MPPE anunciou a instauração de uma notícia de fato para investigar as circunstâncias do falecimento do jovem socioeducando e a eventual responsabilidade dos funcionários no acontecimento.
“Caso seja apurado que os agentes tiveram responsabilidade no ocorrido, a Promotoria irá encaminhar o caso à Central de Inquéritos”, afirmou o MPPE.
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