segunda-feira, setembro 16

Prefeito de Barra do Piraí é expulso do Solidariedade após declaração polêmica

Mário Esteves é excluído do partido por sugerir castração de meninas como medida de controle de natalidade na cidade.

Mário Esteves
Foto: Reprodução
O prefeito do município fluminense de Barra do Piraí, Mário Esteves, foi expulso do partido Solidariedade após um vídeo polêmico em que ele defende a castração de meninas como uma medida para controlar a natalidade na cidade de cerca de 100 mil habitantes. A declaração do prefeito ocorreu durante um evento público na última quinta-feira (14), quando ele afirmou que “o que não falta em Barra do Piraí é criança”.
Nas palavras do prefeito Mário Esteves, “tem que começar a castrar essas meninas, controlar essa população”. Ele também sugeriu que deveria ser elaborada uma lei na Câmara Municipal para limitar o número de filhos a no máximo dois, alegando que haveria a necessidade de construir mais creches nos próximos anos.
A direção estadual do Solidariedade, em resposta às declarações, divulgou uma nota na noite de domingo anunciando a “imediata expulsão” de Mário Esteves do partido. O Solidariedade enfatizou seu compromisso com o direito das mulheres, a promoção da equidade de gênero e a luta contra qualquer forma de discriminação, destacando a gravidade das palavras do prefeito como razão para sua expulsão.
Por sua vez, a prefeitura de Barra do Piraí emitiu uma nota oficial na qual afirmou que o prefeito “entende que a laqueadura seja um dos procedimentos para o incremento do planejamento familiar” e que não teve a intenção de promover qualquer prática prejudicial ou preconceituosa. A nota também alegou que a fala de Mário Esteves foi um “momento de descontração”.
Esta não é a primeira vez que o Solidariedade toma a decisão de expulsar um de seus filiados. Na semana passada, o partido já havia excluído o advogado Hery Waldir Kattwinkel, que havia defendido um dos réus condenados pelo Supremo Tribunal Federal pelos eventos ocorridos em 8 de janeiro. O partido justificou a expulsão do advogado com base em “falas ofensivas e desrespeitosas” direcionadas ao STF durante sua argumentação.

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