Polícia Federal prende suspeitos de planejar golpe contra governo eleito, com foco em assassinatos de Lula, Alckmin e invasões.
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (19) a Operação Contragolpe, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que planejava um golpe de Estado. O plano tinha como alvo a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em 2023, e do vice-presidente Geraldo Alckmin. A investigação revelou que o grupo pretendia realizar o assassinato dos dois líderes políticos. Além disso, o golpe visava restringir a atuação do Poder Judiciário.
Plano Detalhado e Operações Militares Avançadas
De acordo com a PF, o plano foi denominado “Punhal Verde e Amarelo” e estava em desenvolvimento desde o fim de 2022. Ele envolvia uma série de ações coordenadas, com datas específicas para execução. O golpe estava agendado para o dia 15 de dezembro de 2022, com a intenção de atingir os candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos Lula e Alckmin.
As investigações revelaram também que, caso o golpe fosse bem-sucedido, os criminosos planejavam a prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Esse membro da Corte vinha sendo monitorado de perto pelos envolvidos no esquema.
Detalhamento das Investigações e Técnicas Utilizadas
A operação de fevereiro deste ano já havia identificado o grupo responsável pela tentativa de golpe. Esse grupo monitorava o ministro Alexandre de Moraes, do STF, como parte do seu plano mais amplo. O planejamento do golpe foi descrito como detalhado e elaborado com precisão. A organização criminosa planejava o uso de recursos humanos e bélicos para a execução do golpe, além de técnicas militares avançadas para implementar suas ações.
Os envolvidos também cogitavam criar um “gabinete institucional de gestão de crise”, que seria liderado pelos próprios membros da organização criminosa. O objetivo era gerenciar conflitos institucionais que surgissem após a execução do golpe, demonstrando o nível de preparação do grupo.
Cumprimento de Mandados e Prisões Preventivas
Até o momento, a Operação Contragolpe cumpriu cinco mandados de prisão preventiva. Além disso, a PF está cumprindo três mandados de busca e apreensão e, igualmente, 15 medidas cautelares diversas. Entre essas medidas, destacam-se a proibição de contato entre os investigados, a entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e a suspensão do exercício de funções públicas.
Ademais, a operação está sendo realizada com o apoio do Exército Brasileiro, que acompanha o cumprimento dos mandados. Esses mandados estão sendo executados em diferentes estados, como Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal. Assim, a ação teve um grande alcance, o que demonstra a amplitude das investigações.
Envolvimento de Militares e Conhecimento Técnico
A PF destacou que os investigados possuem um elevado nível de conhecimento técnico e militar, o que facilitou a elaboração e execução do plano criminoso. A maioria dos envolvidos na organização criminosa são militares com formação em forças especiais. Esse alto grau de especialização foi crucial para a montagem e coordenação das ações ilícitas que ocorreram em novembro e dezembro de 2022.
Crimes e Consequências Legais
De acordo com a PF, os fatos investigados configuram crimes graves, como a tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, a tentativa de golpe de Estado e a formação de organização criminosa. Esses crimes têm sérias implicações legais para os envolvidos, e a operação da Polícia Federal visa garantir a responsabilização de todos os membros da organização criminosa.
As investigações continuam em andamento, e novas informações podem surgir conforme o cumprimento das medidas cautelares e o avanço das apurações. A ação da PF evidencia a seriedade com que o Estado brasileiro trata a proteção da democracia e das instituições, assim como o compromisso com o cumprimento das leis.
CEO do Portal Fala News, Jornalista pela UNIFG, licenciado em Letras PT/ES pela FAESC, formado em psicanálise pela ABEPE, pós-graduado em linguística aplicada as línguas portuguesa e espanhola pela FAESC, e MBA em Marketing Digital e Mídias Sociais pela UniNassau. Analista de política e economia, colunista sobre psicanálise, amante dos livros e dedicado a levar informação com transparência e credibilidade.