sábado, setembro 7

Javier Milei cortar fundos para províncias argentinas

Decisões polêmicas geram atrito entre governo de Javier Milei e províncias, levando a protestos e ações judiciais.

Milei corta verba de províncias e abre crise política na Argentina. Foto Agustin Marcarian
Milei corta verba de províncias e abre crise política na Argentina. Foto: Agustin Marcarian

O presidente argentino, Javier Milei, desencadeou uma nova onda de controvérsias ao publicar um decreto que cancela o Fundo de Fortalecimento Fiscal da província de Buenos Aires. A medida, parte de um ajuste fiscal de 5% do PIB, despertou a ira do governador Axel Kicillof, que promete recorrer da decisão.🇦🇷

Em coletiva, Kicillof acusa Milei de extorsão e ameaças, alegando que o ajuste prejudica essencialmente o povo. O corte impacta, entre outras áreas, os salários dos professores e o financiamento da alimentação dos alunos. A crise se intensifica, já que esta não é a primeira vez que Milei suspende recursos; na semana anterior, Chubut foi alvo da mesma medida.💼

O governador de Chubut, Ignacio Torres, respondeu judicialmente e ameaçou interromper o fornecimento de petróleo e gás para o resto do país. Quatro governadores da região patagônica expressaram solidariedade, responsáveis por 90% da produção nacional de petróleo e gás. A justiça federal ordenou o retorno dos recursos de Chubut, mas Milei afirma que recorrerá da decisão.✉️

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Em entrevista ao La Nación, Torres acusa o governo de querer “matar uma província para disciplinar o resto”, destacando a falta de diálogo por parte de Milei. Nas redes sociais, o presidente defende suas ações, alegando que a classe política busca defender privilégios.

O governo argentino justifica os cortes como necessários para atingir o ajuste fiscal. O cientista político Leandro Gabiati argumenta que Milei optou por cortar recursos após a derrota de seu projeto de ajuste fiscal no Congresso. Essa estratégia confrontadora, segundo Gabiati, pode gerar impasses e desencadear crises políticas ou sociais.

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Gabiati destaca a dependência financeira das províncias em relação ao governo central argentino, diferenciando do Brasil, onde alguns estados têm maior autonomia econômica. Na Argentina, as transferências de recursos são o epicentro de um conflito histórico.

Em meio à incerteza, a população argentina observa atentamente as consequências dessas decisões, enquanto o governo central e as províncias enfrentam um impasse que pode moldar os rumos políticos e sociais do país.

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