quinta-feira, novembro 21

Inflação de Janeiro desacelera e fica em 0,42%

Em janeiro, o IPCA registra aumento de 0,42% na inflação, impulsionado pela elevação nos preços dos alimentos, enquanto o setor de transportes apresenta deflação, amenizando o índice.

Inflação de janeiro fica em 0,42%, pressionada pela alta dos alimentos
Inflação de janeiro fica em 0,42%, pressionada pela alta dos alimentos. Foto: Marcelo Casal Jr.

No mês de janeiro, a inflação oficial do país desacelerou, marcando 0,42%, influenciada principalmente pela escalada nos preços dos alimentos. Esse índice fica abaixo do registrado em dezembro, que foi de 0,56%, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8).

Em um horizonte de 12 meses, o índice soma 4,51%, mostrando uma leve redução em relação aos meses anteriores. O grupo alimentação e bebidas, que detém o maior peso na cesta de consumo das famílias (21,12%), apresentou uma elevação de 1,38% em janeiro, contribuindo com 0,29 ponto percentual no IPCA. Esta é a maior alta para o mês desde 2016, quando o grupo registrou um aumento de 2,28%.

O IBGE aponta que fatores climáticos, como temperaturas elevadas e chuvas intensas em várias regiões produtoras do país, foram os principais responsáveis pelo aumento nos preços dos alimentos no início de 2024. Entre os alimentos que mais impactaram o orçamento familiar estão cenoura (43,85%), batata-inglesa (29,45%), feijão-carioca (9,70%), arroz (6,39%) e frutas (5,07%).

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“Historicamente, há uma alta nos alimentos nos meses de verão devido aos fatores climáticos, que afetam a produção, especialmente dos alimentos in natura. Neste ano, isso foi intensificado pela presença do El Niño”, destaca André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE.

No âmbito dos transportes, o segundo grupo com maior peso na cesta mensal das famílias (20,93%), houve uma deflação de 0,65% em janeiro. As passagens aéreas, que haviam subido expressivos 82,03% nos meses anteriores, registraram uma queda média de 15,22%, exercendo o maior impacto negativo no IPCA. Além disso, os preços dos combustíveis também apresentaram queda, com recuos no etanol (-1,55%), óleo diesel (-1,00%) e gasolina (-0,31%).

“Como a gasolina é o subitem de maior peso individual no IPCA, essa queda de preços em janeiro ajudou a conter o resultado geral do índice”, analisa o gerente do IBGE.

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No grupo da habitação, terceiro com maior peso no orçamento familiar (15,31%), houve um aumento de 0,25% em janeiro.

Considerado a inflação oficial do país, o IPCA é utilizado pelo Banco Central para perseguir a meta oficial de inflação, estabelecida em 3% no acumulado de 12 meses, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Com o resultado de janeiro, o acumulado de 12 meses diminuiu de 4,62% para 4,51%, representando o quarto mês consecutivo de redução nesse acumulado. No mesmo período do ano anterior, o IPCA havia sido de 0,53%.

Além disso, o IBGE divulgou também o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nesta quinta-feira. Com um aumento de 0,55% em janeiro, o INPC ficou acima do IPCA devido ao maior peso do grupo alimentação e bebidas para famílias com renda de um a cinco salários mínimos. O índice acumula alta de 3,82% em 12 meses.

Em meio a esses dados, a população observa atentamente o cenário econômico, considerando o impacto dessas variações nos seus orçamentos diários.

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