domingo, setembro 8

Eduardo Leite denuncia Jean Wyllys por declarações após polêmica no Twitter sobre manutenção de escolas cívico-militares no RS

Eduardo Leite justificou sua decisão de denunciar Jean Wyllys com base nas falas que considerou preconceituosas e discriminatórias.

Jean Wyllys e Eduardo Leite
Fotos: Divulgação
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), ingressou com uma representação no Ministério Público contra o ex-deputado federal Jean Wyllys por conta de declarações consideradas homofóbicas. A polêmica teve início em uma troca de mensagens no Twitter, onde Wyllys fez comentários ofensivos em relação à orientação sexual de Leite.
No contexto da discussão, Jean Wyllys criticou a decisão do governo gaúcho de manter as escolas cívico-militares e, em sua declaração, afirmou que “gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes”.
A denúncia formal ao Ministério Público ocorreu na quarta-feira, 19 de julho, logo após o bate-boca virtual entre os dois políticos. O advogado de Jean Wyllys, Lucas Mourão, afirmou que, até o momento, não havia recebido nenhuma comunicação oficial a respeito da representação e, por isso, não poderia comentar o assunto.
Eduardo Leite justificou sua decisão de denunciar Jean Wyllys com base nas falas que considerou preconceituosas e discriminatórias. Ele destacou que, assim como já fez anteriormente em relação a ataques homofóbicos de outras figuras públicas, não toleraria ofensas baseadas em sua orientação sexual.
Em resposta à denúncia, Jean Wyllys afirmou que espera a manutenção do programa de escolas cívico-militares por parte de “governadores héteros de direita e extrema-direita”, mas que, segundo ele, “gays com homofobia internalizada” têm fetiches em relação ao autoritarismo.
O Programa de Escolas Cívico-Militares (PECIM) foi criado em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, e consiste em uma parceria em que profissionais civis são responsáveis pela área pedagógica das escolas, enquanto militares, como policiais, bombeiros ou membros das Forças Armadas, cuidam da parte administrativa. De acordo com dados do Ministério da Educação, até 2022, 200 escolas em todo o país aderiram ao PECIM, atendendo um total de 120 mil alunos, com a maior concentração de unidades na região Sul.
A polêmica entre os políticos reacende o debate sobre a importância do respeito à diversidade e a luta contra a homofobia. É esperado que a representação no Ministério Público seja acompanhada de perto e possa desencadear discussões em torno do combate à discriminação e do respeito aos direitos humanos. Enquanto isso, a postura firme de Eduardo Leite reflete seu compromisso em combater qualquer forma de preconceito, defendendo os princípios de igualdade e inclusão para todos os cidadãos.

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