quinta-feira, novembro 21

Dani Portela fala sobre disputa com Túlio na federação

Retomando atividades após o puerpério, Dani critica postura de colega e reafirma compromissos partidários em encontro com partido.

Dani Portela fala sobre disputa com Túlio na federação
Dani Portela fala sobre disputa com Túlio na federação. Foto: Divulgação

Na última terça-feira (23), a parlamentar Dani Portela se reuniu com membros de seu partido para lançar oficialmente sua pré-campanha política, marcando seu retorno após um período de licença maternidade. O encontro foi também palco de declarações fortes sobre as alianças e reconhecimentos políticos dentro de sua coligação.

Durante a reunião, Dani trouxe à tona a contribuição significativa de Robeyoncé Lima, advogada travesti e preta, oriunda da periferia, cujos 80 mil votos foram cruciais para eleger Túlio Gadelha como deputado federal. Dani enfatizou a importância do reconhecimento de que o mandato de Túlio é sustentado por lutas representadas por Robeyoncé, uma figura que simboliza diversas desigualdades sociais. “Se hoje ele é deputado federal e faz um bom mandato, ele deve isso a uma travesti chamada Robeyoncé Lima. Isso precisa ser reconhecido, negritado e reafirmado,” afirmou Dani.

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A conversa também girou em torno das tensões entre os partidos PSOL e Rede, e a relação de Túlio Gadelha com outros grupos políticos. Dani criticou a postura de Túlio que, contrariando as diretrizes de seus partidos em 2022, apoiou Raquel Lyra (PSDB) e atualmente alia-se à tucana. Além disso, Dani expressou descontentamento com a demora de Túlio em registrar sua pré-candidatura à Prefeitura do Recife pela federação dos partidos, o que é visto como um desrespeito às normas partidárias. “Esse espaço que a gente constrói vem de muito longe e a gente tem dado gestos. Agora, esses gestos que a gente dá, não podem levar os 20 anos do PSOL para servir de linha auxiliar ou linha de apoio à governadora Raquel Lyra,” declarou a deputada.

Essas declarações ocorrem em um momento crítico, onde a aliança entre PSOL e Rede parece estar sendo testada. As falas de Dani sugerem uma crescente preocupação com a possibilidade de a federação ser relegada a um papel secundário ou de suporte nas próximas eleições municipais, especialmente sob a sombra de outras candidaturas como a de Daniel Coelho (PSD).

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Este cenário coloca em perspectiva os desafios que o PSOL e a Rede enfrentam em manter sua integridade e independência política, enquanto navegam por alianças estratégicas em um campo político complexo e muitas vezes contraditório. A situação exige uma análise cuidadosa e uma estratégia bem pensada para que esses partidos possam continuar a representar suas bases sem comprometer seus princípios e objetivos a longo prazo.

O retorno de Dani às atividades políticas e suas declarações contundentes mostram um compromisso renovado com a visão de seu partido e uma determinação em confrontar questões de desigualdade e representatividade no cenário político atual. Com a aproximação das eleições, espera-se que essas questões sejam tratadas com a seriedade que merecem, tanto nas discussões internas dos partidos quanto no diálogo com o eleitorado.

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