sexta-feira, dezembro 13

Chacina em Camaragibe, PMPE denuncia 12 policiais por triplo homicídio qualificado

Oficiais e soldados viram réus em caso de chacina por vingança após mortes de PMs, revelando trama cruel que chocou Pernambuco.

Doze Policiais Militares Denunciados por Triplo Homicídio em Caso Chocante em Camaragibe
Doze policiais militares denunciados por triplo homicídio em caso chocante de chacina em Camaragibe. Foto: Reprodução

Doze policiais militares, incluindo três oficiais, tornaram-se réus na Chacina de Camaragibe, segundo o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). As acusações são de triplo homicídio duplamente qualificado, relacionado a três dos assassinatos ocorridos em setembro passado. A 1ª Vara Criminal de Camaragibe aceitou a denúncia nesta quinta-feira (7).⚖️

Entre os denunciados estão os tenentes-coronéis Fábio Roberto Rufino da Silva e Marcos Túlio Gonçalves Martins Pacheco, então comandantes na época do 20º Batalhão da PM. As investigações apontam para uma trama brutal desencadeada após a morte de dois policiais que investigavam disparos de arma de fogo em Tabatinga.🔍

Na noite de 14 de setembro, os policiais Eduardo Roque Barbosa de Santana e Rodolfo José da Silva foram surpreendidos por tiros durante uma abordagem a Alex da Silva Barbosa, vigilante acusado de utilizar uma mulher como escudo humano. Os PMs foram mortos, e Alex conseguiu fugir, enquanto a jovem Ana Letícia Carias da Silva, de 19 anos, também vítima, veio a falecer semanas depois.🚔

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Caçada e Ordem de Chacina

A força-tarefa do MPPE revelou que, após as mortes dos PMs, ocorreu uma perseguição implacável a Alex e seus familiares como ato de vingança. Oficiais da PM, em uma reunião perto da Faculdade de Odontologia de Pernambuco, teriam ordenado a chacina. Na mesma madrugada, três irmãos de Alex foram executados a tiros.

As vítimas, identificadas como Ágata Ayanne da Silva, Amerson Juliano da Silva e Apuynã Lucas da Silva, foram mortas, sendo que Ágata transmitiu ao vivo pelo Instagram o momento do crime. Os oficiais Fábio Rufino e Marcos Túlio acompanharam as ações dos policiais durante a caçada, segundo a denúncia.

A análise de dados telefônicos e telemáticos foi crucial para a identificação e detalhamento das ações de cada policial envolvido. O MPPE enfatizou a possibilidade de autorização, ainda que velada, dos tenentes-coronéis para a chacina.

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Denunciados e Prisões Preventivas

Além dos tenentes-coronéis, outros denunciados incluem um 1º tenente, quatro soldados, quatro cabos e dois sargentos. Cinco deles encontram-se presos preventivamente, enquanto os demais foram afastados de suas funções, permanecendo na corporação. Surpreendentemente, Fábio Rufino assumiu novo comando mesmo após afastamento judicial.

As defesas dos réus ainda não se pronunciaram sobre as acusações.

Investigações em Andamento

Esta é apenas a primeira denúncia relacionada à Chacina de Camaragibe. As autoridades continuam investigando outros homicídios, incluindo o de Alex, sua mãe Maria José Pereira da Silva e esposa Maria Nathalia Campelo do Nascimento. Os corpos foram encontrados em circunstâncias suspeitas, ampliando o número de réus potenciais.

O caso, que abalou a população pernambucana, permanece em constante evolução, aguardando a conclusão das investigações para desvendar completamente os contornos desta tragédia.

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