quinta-feira, novembro 21

Brasil, Estados Unidos e Índia lançam aliança global de biocombustíveis

Iniciativa visa promover biocombustíveis como alternativa menos poluente para o transporte em uma coalizão de 19 países

Internacional
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Brasil, Estados Unidos e Índia uniram forças para lançar a Aliança Global de Biocombustíveis (GBA), um compromisso conjunto para impulsionar a produção e uso de biocombustíveis, com ênfase no etanol, como fonte de energia mais limpa para o setor de transporte, visando reduzir a pegada de carbono e combater as emissões de gases de efeito estufa.
Os três países, todos entre os cinco maiores produtores mundiais de etanol, estão liderando essa coalizão global. Os Estados Unidos, impulsionados por seu etanol de milho, são responsáveis por uma impressionante parcela de 55% da produção global de etanol, de acordo com a RFA (Associação de Combustíveis Renováveis). O Brasil ocupa a vice-liderança, contribuindo com 27% desse total. A Índia, a quinta maior produtora, representa 3%, ficando atrás da União Europeia, com 4,8%, e da China, com 3,1%.
O lançamento oficial da GBA ocorreu em uma cerimônia discreta, realizada à margem da Cúpula do G-20, que reúne as principais economias do mundo na Índia. A cerimônia foi marcada pela simplicidade, com a única ação simbólica do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, ao acender uma lâmpada para marcar a criação da aliança.
Além dos líderes do Brasil, EUA e Índia, outros representantes de países e governos, como Argentina, Itália, Bangladesh, Cingapura, Ilhas Maurício, e Emirados Árabes Unidos, estiveram presentes no evento e posaram para fotos de mãos dadas.
Embora o Canadá e Cingapura tenham participado como observadores na cerimônia, eles não são membros fundadores da aliança. No total, a GBA será composta por 19 países, incluindo organizações do setor público e privado internacionais e dos países membros, somando um total de 12.
A demanda por biocombustíveis, especialmente etanol, ainda é relativamente baixa em muitos países, mas a expectativa do setor é que o sucesso do carro flex, já consagrado no Brasil, possa ser replicado em outros lugares no futuro. 
Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), destacou a importância de garantir um suprimento global eficiente em bioenergia, afirmando que a demanda está presente e pronta para ser atendida. A aliança, segundo o governo brasileiro, está aberta a novas adesões.

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