quarta-feira, março 12

Brasil cria 137,3 mil empregos formais em janeiro de 2025

O Brasil registrou saldo positivo de 137,3 mil empregos formais em janeiro de 2025, segundo o Novo Caged. Setor industrial lidera geração de vagas.

Brasil criou 137,3 mil postos formais de trabalho em janeiro. Foto- Marcelo Camargo
Brasil criou 137,3 mil postos formais de trabalho em janeiro. Foto- Marcelo Camargo

O Brasil gerou 137.303 empregos formais em janeiro de 2025, conforme os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta quarta-feira (26). O saldo positivo resulta de 2.271.611 admissões e 2.134.308 desligamentos, consolidando uma variação de 0,29% no total de vínculos celetistas ativos no país, que agora somam 47.341.293.

Nos últimos 12 meses, de fevereiro de 2024 a janeiro de 2025, o saldo acumulado também foi positivo, com a criação de 1.650.785 empregos celetistas. No período, ocorreram 25.743.968 admissões e 24.093.183 desligamentos.

Setores com maior geração de empregos

Dos cinco principais setores da economia, quatro registraram saldo positivo em janeiro:

  • Indústria Geral: 70.428 novos postos
  • Serviços: 45.165 novos postos
  • Construção: 38.373 novos postos
  • Agropecuária: 35.754 novos postos

Por outro lado, o setor de Comércio registrou uma queda de 52.417 postos, representando o único segmento com saldo negativo no mês.

Variação salarial e perspectivas econômicas

O salário médio de admissão em janeiro foi de R$ 2.251,33, o que representa um aumento de 4,12% em relação a dezembro de 2024. Esse acréscimo de R$ 89,02 demonstra uma recuperação no poder aquisitivo dos trabalhadores, refletindo a melhora no mercado de trabalho.

Ao comentar os números, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, rebateu críticas sobre o impacto da geração de empregos na economia. De acordo com ele, o crescimento do emprego formal não deve ser visto como um fator de pressão inflacionária, uma vez que existem outros fatores a serem considerados no cenário econômico.

Marinho ressaltou que “o mercado sempre projeta o crescimento abaixo da realidade”. Em 2023, por exemplo, previram um PIB de 0,7%, mas ele cresceu 3,2%. Em 2024, projetaram um crescimento de 1%, e, no entanto, a economia cresceu 3,8%, mostrando que as previsões frequentemente não correspondem à realidade.

Regiões e estados com maior saldo de empregos

Quatro das cinco regiões do país tiveram saldo positivo de empregos formais em janeiro. Veja os números por região:

  • Sul: 65.712 novos postos (+0,76%)
  • Centro-Oeste: 44.363 novos postos (+1,06%)
  • Sudeste: 27.756 novos postos (+0,12%)
  • Norte: 1.932 novos postos (+0,08%)
  • Nordeste: redução de 2.671 postos (-0,03%)

Entre os estados, São Paulo liderou a geração de empregos, com 36.125 novos postos (+0,25%), seguido pelo Rio Grande do Sul (26.732 postos, +0,94%) e Santa Catarina (23.062 postos, +0,90%).

Já os estados que registraram os menores saldos foram Rio de Janeiro (-12.960 postos, -0,33%), Pernambuco (-5.230 postos, -0,34%) e Pará (-2.203 postos, -0,22%).

Os números do Novo Caged indicam um início de ano positivo para o mercado de trabalho formal no Brasil, impulsionado principalmente pela indústria e pelos serviços. No entanto, apesar desse desempenho positivo, o comércio ainda enfrenta desafios, os quais refletem tanto os impactos sazonais quanto os estruturais do setor.

Com a manutenção do crescimento econômico e a implementação de políticas voltadas para o fortalecimento do mercado de trabalho, as expectativas para 2025 permanecem otimistas. Assim, acredita-se que, com o avanço das políticas públicas e a recuperação de setores como o comércio, o mercado de trabalho continuará a se expandir ao longo do ano.

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