sábado, setembro 7

Banco Central eleva estimativa de crescimento do PIB para 2,3%

Banco Central revisa para cima a previsão de crescimento do PIB, impulsionado por um mercado de trabalho aquecido e recuperação econômica.

Banco Central eleva estimativa do PIB para 2,03% neste ano
Banco Central eleva estimativa do PIB para 2,03% neste ano. Foto: Vosmar Rosa/MPOR

O Banco Central (BC) elevou a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de 1,9% para 2,3%, conforme o relatório de inflação do segundo trimestre, divulgado nesta quinta-feira (27). No primeiro trimestre do ano, o PIB cresceu 0,8%, um ritmo considerado “robusto e superior ao esperado” pelo BC.

Por causa do aquecimento da atividade econômica e do mercado de trabalho, o BC justificou a revisão para cima da projeção de crescimento do PIB em 2024. Isso contribuiu para a queda no desemprego e aumento nos salários. Contudo, as enchentes no Rio Grande do Sul tiveram um impacto menor do que o esperado na atividade econômica. “Esses fatores motivaram a revisão para cima da projeção de crescimento do PIB em 2024, de 1,9% para 2,3%. As enchentes no Rio Grande do Sul causaram uma expressiva queda na atividade econômica gaúcha, mas já há sinais de recuperação”, afirmou o BC.

Cenário externo é desafiador para aindústria

O relatório aponta que o cenário externo continua incerto e exige cautela por parte dos países emergentes. As incertezas persistem quanto à flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e à velocidade da queda da inflação em diversos países. “Os bancos centrais das principais economias continuam determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas. Em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho”, destaca o documento.

Inflação ainda é uma realidade que preocupa a economia

Para o BC, a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ficar em 4% em 2024. A previsão anterior era de 3,5%. Houve um recuo na inflação no acumulado de 12 meses, de 4,5% em fevereiro para 3,9% em maio. No entanto, o recuo foi menor do que o projetado, destacando-se a alta mais intensa dos alimentos.

Em meio ao aumento de incertezas nos cenários doméstico e externo, as expectativas de inflação para 2025 e 2026 subiram de 3,5% para 3,8% e 3,6%, respectivamente. “As projeções indicam aumento da inflação no segundo trimestre de 2024. Mas com retomada da trajetória de declínio, permanecendo, porém, acima do centro da meta, que é de 3% ao ano. Com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos”, explica o documento.

Avaliação do Banco Central do Brasil

O BC destacou que, em relação ao relatório anterior, a projeção de inflação para 2024 e 2025 aumentou. A elevação para 2024 foi de 0,5 ponto percentual e para 2025, de 0,2 ponto percentual. “Para o horizonte relevante, o aumento resultou principalmente da atividade econômica mais forte do que o esperado, que levou a uma elevação no hiato do produto estimado. Contribuíram ainda o aumento das expectativas de inflação, a depreciação cambial, a inércia do aumento da projeção de curto prazo e a utilização de taxa de juros neutra maior. Por outro lado, o aumento da taxa de juros real foi fundamental para evitar um aumento mais significativo na projeção”, aponta o documento.

Em suma, a revisão da estimativa de crescimento do PIB para 2,3% em 2024 reflete um cenário interno de recuperação econômica robusta, apesar dos desafios externos. A inflação permanece uma preocupação, mas o BC adota medidas para manter a estabilidade econômica. O mercado de trabalho aquecido e a resiliência frente às enchentes no Rio Grande do Sul são sinais positivos para a economia brasileira. 🚀🌱

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