domingo, setembro 8

Ata do Copom indica possibilidade de redução da taxa de juros em agosto

 Banco Central sinaliza mudança na política monetária após divulgação da ata do Comitê

Foto: Marcello Casal Jr


O Banco Central divulgou a ata do Copom (Comitê de Política Monetária), indicando a possibilidade de queda na taxa básica de juros da economia, a Selic, a partir da próxima reunião do grupo, em agosto. Apesar de manter a Selic em 13,75% ao ano, o texto da ata revela que a maioria dos membros do comitê avalia que o cenário econômico permite essa flexibilização.

A avaliação predominante entre os integrantes do Copom é de que o processo de desinflação em andamento, aliado ao impacto nas expectativas, cria a confiança necessária para iniciar um processo gradual de redução da taxa de juros. Nos últimos tempos, o mercado e analistas têm aumentado as apostas de que a Selic será reduzida a partir de agosto.

No entanto, alguns membros se mostraram mais cautelosos, destacando a necessidade de observar uma maior estabilização das expectativas de inflação de longo prazo e acumular mais evidências de desinflação nos setores mais sensíveis ao ciclo econômico. Apesar disso, houve unanimidade sobre os fatores que irão influenciar os próximos passos da política monetária, como a dinâmica inflacionária, expectativas de inflação, projeções de inflação, hiato do produto e balanço de riscos.

O Copom ressaltou a importância de paciência e serenidade na condução da política monetária diante do contexto atual, que demanda cautela devido ao estágio mais lento do processo desinflacionário e às expectativas de inflação desancoradas. A estratégia de manter a taxa básica de juros por um período prolongado tem sido considerada adequada para garantir a convergência da inflação.

Com a decisão de manter a Selic em 13,75% ao ano, 51 membros do Conselhão publicaram uma carta aberta em favor da redução das taxas, destacando a urgência de uma política monetária adequada. Entre os signatários estão Josué Gomes, empresária Luiza Trajano e o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Sergio Nobre.

A ata do Copom também apresentou um histórico das últimas dez reuniões, em que a Selic foi mantida constantemente em 13,75% ao ano desde agosto de 2022.

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