quinta-feira, outubro 10

Análise técnica do MME descarta retomada do horário de verão em 2023

Mudanças no perfil de consumo e ascensão de fontes renováveis influenciaram na decisão do Ministério de Minas e Energia

Horário verão
Foto: Maicon J. Gomes/ Gazeta do Povo
O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que, com base em análises técnicas, não será necessária a retomada do horário de verão neste ano. A medida, suspensa por decreto desde 2019, não será aplicada devido à situação favorável dos reservatórios hidrelétricos e à disponibilidade de fontes renováveis, que asseguram o abastecimento de energia.
O horário de verão, que tradicionalmente adiantava os relógios em uma hora de setembro até fevereiro do ano seguinte, não será reintroduzido, embora a pasta não detenha a autonomia para tomar a decisão final sobre a questão. O MME explicou que as mudanças nos padrões de consumo de energia ao longo dos anos e a adoção de medidas de eficiência energética tornaram menos relevante a aplicação do horário de verão como medida de economia.
A análise técnica também ressaltou que a economia de energia potencialmente obtida com o horário de verão já não é significativa, devido à maior utilização de fontes renováveis na matriz energética brasileira, o que naturalmente contribui para a redução do consumo de energia durante os horários de maior demanda. 
O ministério afirmou que o apagão nacional ocorrido em agosto, afetando 25 estados e o Distrito Federal, não foi resultado de falta de abastecimento e sim de mudanças no comportamento de consumo de energia no país, o que torna o horário de verão menos eficaz.
De acordo com o Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS), responsável pela coordenação e controle das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), os níveis dos reservatórios das hidrelétricas devem encerrar o mês com uma taxa acima de 70% nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte.

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