Sanção de Trump a Moraes é ataque à soberania nacional do Brasil, com apoio dos bolsonaro que pedem intervenção dos EUA no Judiciário brasileiro.

A decisão do presidente Donald Trump de impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, representa uma agressão direta à soberania nacional brasileira. Trata-se de uma medida impulsionada por aliados do bolsonarismo que, incapazes de influenciar o Judiciário dentro das regras do jogo democrático, recorreram à intervenção de um governo estrangeiro.
Sanções sem base legal e com motivações políticas
A aplicação da Lei Global Magnitsky — criada para punir torturadores e violadores de direitos humanos — contra um magistrado brasileiro não tem qualquer base jurídica sólida. Não há decisão judicial que acuse Moraes de crimes contra a humanidade. O que existe é uma disputa política que ganhou contornos internacionais por meio da atuação de Eduardo Bolsonaro e aliados em Washington.
Esse grupo levou adiante uma narrativa de censura e abuso de poder, buscando apoio de figuras da extrema-direita americana para enfraquecer o STF. É a instrumentalização da política externa a favor de uma causa pessoal, partidária e autoritária.
Ingerência nos assuntos internos do Brasil
É grave que a presidência dos Estados Unidos interfira em questões internas do Brasil, sancionando um ministro que atua dentro da legalidade constitucional. A soberania nacional está em xeque quando decisões judiciais passam a ser julgadas por governos estrangeiros a partir de pressões políticas externas.
A medida, além de simbólica, tem efeito financeiro: bloqueia ativos, dificulta transações bancárias e restringe relações com empresas americanas — em um claro movimento de hostilidade institucional.
O silêncio do governo brasileiro preocupa
Diante de uma ação tão grave, o silêncio das autoridades brasileiras é ensurdecedor. Espera-se uma resposta firme do Itamaraty e das instituições democráticas. A defesa da soberania não é uma questão ideológica, mas constitucional. Não se pode admitir que interesses estrangeiros pautem ou punam decisões do nosso sistema de Justiça.
Crítica legítima não é submissão internacional
Críticas ao STF e a Moraes são legítimas dentro dos marcos da democracia. O que se vê aqui, no entanto, é a exportação de uma pauta autoritária com o objetivo de desestabilizar o sistema jurídico nacional. A crítica vira sabotagem quando articulada com o apoio de um governo estrangeiro e usada para alimentar o caos institucional.
Soberania não se negocia
A sanção a Alexandre de Moraes é um alerta. Não se trata de proteger o ministro em si, mas de proteger o Brasil da submissão política a interesses externos. Trump atinge Moraes, mas o alvo é a soberania nacional. E os aliados internos que aplaudem esse gesto não defendem a liberdade — defendem a desordem que os favorece.
A pergunta que não quer calar: Que tipo de patriotismo é esse em que Bolsonaro recorre a uma potência estrangeira contra as instituições do próprio país só para tentar se livrar da Justiça?

CEO do Portal Fala News, Jornalista pela UNIFG, licenciado em Letras PT/ES pela FAESC, formado em psicanálise pela ABEPE, pós-graduado em linguística aplicada as línguas portuguesa e espanhola pela FAESC, e MBA em Marketing Digital e Mídias Sociais pela UniNassau. Analista de política e economia, colunista sobre psicanálise, amante dos livros e dedicado a levar informação com transparência e credibilidade.