No mês de setembro, Brasília, Porto Alegre e Campo Grande lideram a queda nos preços da cesta básica. Enquanto Vitória, Natal e Florianópolis veem aumento.
No mês de setembro de 2023, o preço da cesta básica de alimentos experimentou uma redução significativa em 14 capitais do Brasil em comparação ao mês anterior. Essa é a conclusão dos dados divulgados hoje, 5 de outubro, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Que realiza mensalmente o acompanhamento dos preços da cesta de alimentos em 17 capitais do país.
Brasília, com uma queda notável de 4,03%, liderou as reduções de preços. Seguida por Porto Alegre (-2,4%) e Campo Grande (-2,3%). Essa tendência de baixa proporcionou alívio aos consumidores nessas regiões.
No entanto, nem todas as capitais acompanharam essa tendência. Vitória registrou um aumento de 3,1%, Natal teve um aumento de 3% e Florianópolis experimentou um pequeno aumento de 0,5% nos preços da cesta básica. O que pode representar um desafio financeiro para os residentes dessas áreas.
Entre todas as capitais, Florianópolis foi a que apresentou o maior custo para a cesta básica em setembro. Atingindo o valor de R$ 747,64. Ela foi seguida de perto por Porto Alegre (R$ 741,71), São Paulo (R$ 734,77), e Rio de Janeiro (R$ 719,92). Por outro lado, os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 532,34), João Pessoa (R$ 562,60), e Recife (R$ 570,20).
A análise comparativa entre setembro de 2023 e o mesmo mês de 2022 revelou uma queda nos preços em oito capitais. Com variações que variaram de -4,9% em Campo Grande a -0,3% em Porto Alegre. Por outro lado, nove capitais testemunharam um aumento nos preços, destacando-se os percentuais de Fortaleza (3,1%), Natal (3%) e Aracaju (2,6%).
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, que vão de janeiro a setembro. O custo da cesta básica registrou quedas notáveis em 12 capitais, com destaques para as diminuições em Goiânia (-10,4%), Campo Grande (-9,2%), e Brasília (-9,1%). Por outro lado, os maiores aumentos ocorreram em Natal (2,5%), Aracaju (2,1%) e Recife (0,9%).
Considerando a cesta básica mais cara, a de Florianópolis. E a determinação constitucional de que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas de uma família trabalhadora. Com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. O Dieese estima que o valor do salário mínimo necessário em setembro deveria ter sido de R$ 6.280,93. O que representa 4,76 vezes o mínimo oficial de R$ 1.320,00.
Na análise de produtos específicos. Os preços da carne bovina de primeira, leite integral e manteiga tiveram quedas em 15 das 17 capitais pesquisadas. O feijão carioquinha diminuiu em todas as regiões onde é pesquisado (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Belo Horizonte e São Paulo). O preço do café em pó reduziu em 13 das 17 capitais, e o da batata caiu em todas as dez cidades onde é pesquisado na região Centro-Sul.
Por outro lado, o preço do feijão tipo preto subiu em quatro das cinco capitais onde é pesquisado (região Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo). Assim como o do arroz agulhinha, que aumentou em 15 das 17 capitais pesquisadas.
Esses números revelam a dinâmica dos preços dos alimentos básicos no Brasil, refletindo diretamente na vida dos cidadãos. Enquanto algumas capitais experimentam alívio nos custo. Outras enfrentam desafios financeiros adicionais, reforçando a importância do acompanhamento constante dessas variações para os consumidores e formuladores de políticas públicas.
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