sexta-feira, novembro 22

Presos integrantes de facção responsável pelo assassinato de MC Boco do Borel

Polícia Civil de Pernambuco desarticula grupo suspeito de fornecer armas e treinamento para traficantes.

Mc Boco do Borel
Foto: Divulgação
A Polícia Civil de Pernambuco anunciou prisão de 14 membros de uma facção criminosa que atuava nas casas de veraneio de Serrambi, em Ipojuca, Região Metropolitana do Recife. Segundo as autoridades, o grupo é suspeito de fornecer armas e treinamento para traficantes, além de estar envolvido no assassinato do cantor de brega funk MC Boco do Borel, ocorrido em dezembro de 2021.
O cantor, cujo nome real era Paulo Roberto Gonçalves Cavalcanti, de 34 anos, foi morto durante um show em um bar de Ipojuca no dia 26 de dezembro de 2021. O assassino, que usava uma touca ninja para esconder sua identidade, disparou diversas vezes contra MC Boco do Borel, deixando o artista e sua família em luto.
As investigações tiveram início com a identificação do líder do grupo, que já estava sob custódia e enfrentava sete mandados de prisão. Além disso, o executor do assassinato foi detido em fevereiro de 2022.
O delegado adjunto da 3ª Delegacia de Polícia da Região Metropolitana (DPRM), Marcos Castro, revelou que o grupo havia obtido o certificado de CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) como atiradores esportivos e adquirido armamentos de forma legal. Em seguida, eles repassavam essas armas para facções e traficantes. Para não levantar suspeitas, após o repasse, o grupo chegava a registrar Boletins de Ocorrência alegando que as armas haviam sido furtadas.
“Eles selecionavam pessoas sem antecedentes criminais para auxiliar no processo de obtenção do certificado de CAC, a fim de continuar fazendo o repasse ilegal”, explicou o delegado.
A operação resultou na expedição de 14 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão. Foram apreendidas sete armas de fogo, incluindo duas submetralhadoras, 279 munições, 4.746 espoletas e projéteis, 1,34kg de pólvora, R$ 12.802,00 em espécie, 3 tabletes de maconha, 64 pedras de crack, aparelhos celulares, uma balança de precisão, uma máquina de recarga de munição e um veículo.
Os 14 presos enfrentarão uma série de acusações, incluindo organização criminosa, tráfico por associação, porte, posse e comércio ilícito de drogas, entre outros. Com essa operação, a Polícia Civil de Pernambuco espera desmantelar parte significativa da estrutura criminosa que atuava na região. 

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